GABARITO: ALTERNATIVA "D"

Estrategista, de maneira didática, a Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) pode ser classificada em três diferentes tipos, a depender de sua apresentação gasométrica: hipoxêmica ou tipo I, hipercápnica ou tipo II e mista ou tipo III.

A IRpA Tipo I (ou hipoxêmica) é definida por uma PaO2 < 55 a 60mmHg, em ar ambiente, ou caracteristicamente, na vigência de oxigenoterapia, na vigência de uma PaCO2 abaixo de 45 a 50mmHg.

A IRpA Tipo II (ou hipercápnica) se caracteriza por uma elevação da PaCO2 acima de 45 a 50mmHg com acidemia resultante, ou seja, pH<7,35.

O tipo III (mista) está presente quando ocorre hipoxemia grave associada à retenção de CO2 com acidose respiratória.

Uma das principais variáveis a serem utilizadas na prática clínica é a avaliação do Gradiente Alvéolo-arterial de oxigênio que, grosso modo, é a dificuldade que o oxigênio encontra de se difundir, na membrana alvéolo-arterial. Relembrando, a passagem do oxigênio do gás alveolar para o sangue (capilar) se dá por DIFUSÃO e é determinada por esse gradiente, entre a pressão parcial de O2 entre o gás alveolar e o capilar pulmonar.

• Gradiente alvéolo-arterial normal: indica a hipoventilação como mecanismo responsável pela hipoxemia. Geralmente, na UTI, as causas mais comuns são depressão do drive respiratório induzida por drogas e fraqueza neuromuscular

• Gradiente alvéolo-arterial aumentado: indica distúrbio ventilação/perfusão e/ou desequilíbrio oferta/consumo como mecanismos para hipoxemia

Vamos avaliar as alternativas:

A. Incorreta. Tal medida é utilizada para diagnosticar e prognosticar a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA)

B. Incorreta. A medida não tem valor na prática clínica

C. Incorreta. A medida não tem valor na prática clínica

D. Correta. Tal medida foi explicada na introdução. Vale a pena reler para sedimentar o conhecimento.

E. Incorreta. A medida não tem valor na prática clínica