GABARITO: ALTERNATIVA D

Caro aluno, essa questão se refere aos componentes de um exame de urina tipo I, aquele corriqueiro que solicitamos com frequência no dia a dia!

O exame de urina se inicia com orientações sobre a coleta do mesmo. Recomenda-se a utilização do jato médio da segunda urina da manhã. Na primeira urina, podem haver cilindros decorrentes da lise celular induzida pela estase do material na bexiga, levando a resultados falso-negativos. Deve-se evitar a coleta no período menstrual pelo risco de contaminação com sangue e após prática de atividade física extenuante, pois esta está associada à proteinúria induzida pelo exercício.

No exame de urina tipo I, os seguintes elementos são analisados em TODAS as amostras:

- Cor: a cor normal de urina varia de amarelo-claro a amarelo-escuro ou âmbar. Condições patológicas cursam com urina avermelhada (casos de hematúria, hemoglobinúria e mioglobinúria), marrom (bilirrubinúria), rosa (cristalúria maciça por ácido úrico) ou roxa (pacientes sondados com infecção por Proteus mirabilis ou Klebsiella spp na maior parte dos casos).

- Aspecto: límpido (urina normal) ou turva (associada à condições patológicas diversas com aumento de células, cristais ou bactérias).

- Densidade: avalia a diluição urinária. Casos de acentuada diluição (1.000-1.003) são compatíveis com diabetes insipidus; diluição semelhante à do plasma (1.010) pode ocorrer em casos de prejuízo da concentração urinária como a necrose tubular aguda; e uma alta concentração urinária pode estar presente nos casos de pré-renal ou mediante ação de um agente osmótico.

- Bioquímica: além dos itens já especificados acima (cor, aspecto, densidade), também avalia pH, glicose, proteína, cetonas, urobilinogênio, bilirrubinas e nitrito. Cada um desses exames pode se correlacionar com situações clínica diversas.

- Sedimentoscopia: consiste na avaliação de hemoglobina, leucócitos, dismorfismo, cilindros, leveduras, cristais e células. Cada um desses exames pode se correlacionar com situações clínica diversas.