GABARITO: ALTERNATIVA B

Em relação à função ovariana, o ciclo menstrual pode ser dividido em duas fases: folicular pré-ovulatoria e a fase lútea pós ovulatória.

A fase folicular se inicia com a menstruação. Nesse período os níveis de estrogênio, inibina e progesterona encontram-se reduzidos, com aumento de hormônio folículo estimulante (FSH) circulante. O FSH é responsável por recrutar os folículos e estimular seu desenvolvimento. No meio da fase folicular, os níveis de inibina e estradiol aumentam e por feedback negativo o FSH começa a cair. Durante o final da fase folicular, através da expressão de LH (hormônio luteinizante) nos receptores da célula da granulosa por ação do FSH, uma pequena quantidade de progesterona começa a ser produzida. Também nessa fase, o estradiol atinge níveis muito altos e por mecanismos não muito bem explicados passa a fazer feedback positivo na adeno-hipófise, promovendo o pico de LH que desencadeia a ovulação.

Após a ovulação, as células foliculares remanescentes diferenciam-se em corpo lúteo. A diferenciação celular do corpo lúteo por estímulo do LH, passa a estimular a produção de progesterona. Níveis máximos de progesterona são observados no meio da fase lútea. Embora esse seja o hormônio produzido em maior quantidade, elevadas taxas de estrogênio continuam a ser produzidas. Vale lembrar que o nível de estradiol cai transitoriamente após o pico de LH, o que pode ocasionar sangramentos ovulatórios em algumas mulheres. Os níveis de estradiol atingem valores máximos também no meio da fase lútea. A função adequada do corpo lúeto depende de concentrações adequadas de LH.

Caso a gestação não ocorra, o corpo lúteo regride pelo processo de luteólise. Após esse processo, o suprimento vascular do corpo lúteo diminui e, consequentemente os níveis de estrogênio e progesterona caem, dando início a um novo ciclo.