Discussão sobre a questão:

O que o examinador quer saber com esta questão?

Conhecimentos sobre a compressão alta do mediano - a síndrome do pronador.

O que você precisa saber para responder esta questão?

Síndrome do pronador:

Enquanto a compressão do mediano no túnel do carpo provoca sintomas, apenas, na região do punho, a compressão mais proximal do mediano pode gerar sintomas mais abrangentes. Vamos pensar um pouco na anatomia: o nervo mediano, na região do cotovelo, gera o NIA. Portanto, qualquer compressão mais alta (geralmente, associada a fraturas do úmero distal) afeta ambos os nervos (mediano e NIA).

Sendo assim, uma forma simples de diferenciar a compressão do nervo mediano proximal da distal é avaliar os músculos afetados: se os músculos do antebraço forem poupados, trata-se de uma compressão distal (no túnel do carpo); se eles forem afetados, trata-se de uma compressão proximal (no cotovelo/úmero distal).

Por outro lado, a compressão pode ser, somente, de um ramo. Na região em que o NIA emerge (pronador redondo), ele pode ser comprimido – o que chamamos de síndrome do pronador. Entretanto, não é apenas o pronador que pode comprimir o nervo: outras estruturas são o ligamento de Struthers, uma estrutura fibrosa que vai da região supracondilar ao epicôndilo medial (não confunda com a arcada de Struthers que comprime o nervo ulnar), o lacertus fibrosus (aponeurose bicipital), o processo supracondilar ou o arco aponeurótico dos flexores dos dedos.

A principal queixa do paciente é a incapacidade de pinça, observável pelos sinais de Benediction e Kiloh-Nevin.

O tratamento é inicialmente conservador, com imobilização removível, anti-inflamatórios e repouso. Se não houver melhora em até seis meses, considera-se intervir na estrutura que estiver comprimindo.

Em concursos, a lesão do NIA é mais cobrada como sequela de fratura do que como decorrência da compressão pela síndrome do pronador.