GABARITO: ALTERNATIVA B

Um fator fundamental na avaliação da febre no pós-operatório é o tempo do seu aparecimento, visto que a etiologia é fortemente vinculada ao momento de surgimento da febre. Entre todas as causas de febre nas primeiras 72 horas após o procedimento, a atelectasia pulmonar é a mais comum, principalmente nas primeiras 24-48 horas. A atelectasia é a complicação respiratória mais comum no pós-operatório. Por meio da ação dos anestésicos, da incisão abdominal e dos narcóticos pós-operatórios, os alvéolos periféricos entram em colapso. Se não for feita uma agressiva higiene pulmonar assim que os sintomas se apresentem, os alvéolos podem permanecer em colapso, levando ao acúmulo de secreções, que podem se infectar por bactérias. Os pacientes apresentam febre baixa, mal-estar e diminuição dos sons respiratórios nas bases pulmonares. A atelectasia é tão comum no pós-operatório que uma avaliação formal, geralmente, não é necessária. Com a realização de fisioterapia respiratória a maioria dos casos de atelectasia se resolverá sem dificuldade. Além disso, para evitar atelectasia e pneumonia, os fumantes são encorajados a parar de fumar pelo menos uma semana antes da cirurgia e o tratamento de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, asma e insuficiência cardíaca é otimizado. Controle adequado da dor, particularmente para pacientes com incisões epigástricas, parece estar associado à melhor higiene pulmonar. Febre ocorrendo após 72 horas e, principalmente, do quinto ao oitavo dias de pós-operatório, deve nos chamar atenção para eventos de origem infecciosa (sendo a infecção do trato urinário a mais frequente, seguida pela pneumonia), complicações abdominais decorrentes de deiscência anastomótica, ou infecção da ferida operatória.

A alternativa correta está na alternativa “B”.