Olá Estrategista,

O quilotórax é o derrame pleural mais frequente no feto e no recém-nascido.

É uma condição rara que acomete 1/10.000 - 15.000 recém-nascidos, predominando no sexo masculino.

Apresenta uma alta taxa de mortalidade, variando entre 20% a 50%.

As manifestações clínicas começam durante a gestação ou logo na primeira semana de vida.

Observa-se acúmulo de linfa no espaço pleural, que é composto por triglicerídeos e quilomícrons, glicose, proteína, linfócitos e imunoglobulinas.

O quilotórax congênito é ocasionado geralmente pela do ducto torácico, fístula congênita do ducto e doenças como linfangiectasia e linfangiomatose.

O acúmulo de líquido prejudica o desenvolvimento pulmonar, levando à hipoplasia e, gerando desconforto respiratório.

Além disso, o acúmulo de líquido no espaço pleural pode ocasionar déficit de proteínas, eletrólitos e imunoglobulinas, levando à desidratação, desnutrição, desequilíbrio eletrolítico, acidose metabólica e imunossupressão relativa devido à perda de linfócitos e imunoglobulinas.

O diagnóstico é feito pela análise do líquido pleural obtido por toracocentese. O líquido tem aspecto leitoso, com aumento de triglicerídeos e linfócitos.

O tratamento é conservador e depende da toracocentese e drenagem contínua em selo d'água, além de suporte ventilatório e nutricional.

Recomenda-se o uso de fórmulas com altas concentrações de triglicerídeos de cadeia média.