A integralidade pressupõe a necessidade do sistema de resolver todas as demandas em saúde de seus usuários em cada um dos seus níveis de atenção. Dessa forma, não se pode admitir que, por exemplo, o nível primário de atenção à saúde não seja capaz de solucionar 100% das necessidades daqueles que o procuraram.

A hierarquização aponta para a organização do sistema de saúde em níveis com progressivo aumento da complexidade, começando pelo nível basal e menos complexo (atenção primária) e partindo em direção ao nível superior e mais complexo (atenção terciária).

A descentralização aponta para o ganho progressivo de autonomia dos entes estaduais, municipais e Distrito Federal em relação à União na tomada de decisões e planejamento da agenda da saúde. Porém, deve ficar claro que, apesar do ganho substancial de autonomia, todas as ações centrais dos estados e municípios ficaram sobre a chancela da União.

O objetivo final da equidade é a equiparação dos sujeitos, a partir da compreensão de suas diferenças. Tais diferenças promovem iniquidades em saúde e a aplicação da equidade visa saná-las. Portanto, através desse princípio ético-doutrinário, iremos investir mais naqueles que mais necessitarem.