O que o examinador quer saber: sobre profilaxia para estreptococos do grupo B.

O estreptococo do grupo B (EGB) um coco Gram positivo que coloniza o trato gastrintestinal, mas está presente no trato geniturinário em 10 a 30% das mulheres. Quando presente no momento do parto é um importante fator de risco para o desenvolvimento da doença estreptocócica neonatal.

No recém-nascido podem ocorrer dois tipos de manifestações: de início precoce (<7 dias após o nascimento) e tardia (entre 7 e 90 dias). Os principais acometimentos são: sepse, pneumonia, meningite, osteomielite, artrite séptica e celulite. Apesar da transmissão vertical ocorrer em 50% das vezes, ao redor de 1 a 2% dos recém-nascidos de mães colonizadas irão desenvolver infecção de inicio precoce.

O método de rastreamento é baseado na cultura de secreção vaginal e retal para EGB entre a 35-37 semanas de gestação para todas as gestantes. Cultura para EGB também deve ser colhida para todas as gestantes internadas em trabalho de parto prematuro ou rotura prematura de membranas ovulares. Não há necessidade de colher cultura quando a gestante apresentar urocultura positiva para EGB durante a gestação ou que tiver um filho com sepse neonatal por EGB, pois ela deverá receber profilaxia antibiótica intraparto independente do resultado da cultura.

No momento do parto ou na rotura de membranas, a profilaxia antibiótica intraparto deve ser dada a todas as mulheres com cultura positiva para EGB, exceto no caso de cesariana antes do início do trabalho de parto e com bolsa íntegra. Deve haver no mínimo 4 horas de intervalo entre o início da profilaxia e o parto, sendo realizadas no mínimo 2 doses dos antibióticos, respeitando os intervalos recomendados entre as dose.