Diagnóstico da Osteoporose:

A Osteoporose é diagnosticada de duas formas: clinicamente por meio de uma fratura por fragilidade (fêmur proximal, rádio distal, úmero proximal ou coluna), contanto que com história compatível (trauma de baixa energia; uma fratura de fêmur proximal em jovem por acidente automobilístico não é considerada fratura de fragilidade; ou da coluna vertebral após queda de altura), ou por meio de uma DMO.

A DMO avalia dois sítios primariamente: o colo do fêmur e a coluna lombar. Seus valores podem ser ajustados para uma população jovem (T-Score) ou para uma população da mesma faixa etária (Z-Score). Para o diagnóstico de osteoporose primária, é sempre usado o T-Score (pois deve-se comparar com o valor “normal” do osso, que naturalmente diminui sua densidade com a idade. O uso do Z-Score poderia gerar falsos negativos).

Ele é dividido em categorias:

Tratamento da Osteopenia e Osteoporose:

Todos os pacientes com osteopenia ou osteoporose merecem receber o tratamento não farmacológico. Esse tratamento inclui a modificação de hábitos de vida (como sedentarismo, modificar ingesta de cálcio e vitamina D, exposição solar, evitar tabagismo, etilismo, cafeína excessiva) e a introdução de suplementação de cálcio e vitamina D, se a obtenção por outras fontes (dieta e sol) for insuficiente.

Esses mesmos métodos servem para a osteopenia, que seria como uma “fase de transição” do osso normal para o osso osteoporótico. É uma janela de oportunidade para “frear” a osteoporose. Sendo assim, não são necessários medicamentos, mas apenas esses cuidados preventivos. As exceções nesse caso são pacientes que já tenham tido fraturas por fragilidade, ainda que osteopênicos, ou que tenham alto risco de fratura calculado pelo FRAX: >20% de fraturas maiores e/ou >3% para fratura de quadril.

Em suma, em quem devemos considerar tratamento farmacológico?

- T Score < -2,5 (OP densitométrica)

- Antecedente pessoal de fratura de fragilidade

- T Score entre -1 e -2,5 (osteopenia) com FRAX (probabilidade de fratura em 10 anos) > 20% fratura maior, > 3% fratura de quadril

As medicações disponíveis para o tratamento da osteoporose são divididas em 2 classes, conforme mostra a tabela abaixo:

Os bisfosfonatos são a 1ª escolha de tratamento para a grande maioria dos pacientes. Porém, em caso de muito alto risco de fratura, devemos considerar iniciar o tratamento com medicações anabólicas (Teraparite, abaloparatide, Romosozumabe), que atuam estimulando a formação óssea.

E quem são esses indivíduos de muito alto risco?

- Fraturas nos últimos 12 meses

- Múltiplas fraturas

- Fraturas durante tratamento de OP ou uso de drogas que reduzem massa óssea (ex: corticoides)

- T-scores muito baixos (< -3.0)

- Alto risco de quedas ou histórico de quedas

- FRAX > 30% para fratura osteoporótica maior e > 4,5% para fratura de quadril.

Vamos aproveitar para rever o tratamento da osteoporose, que foi citado nas alternativas