Coruja, questão atípica! Incomum cair essa vertente relacionada às infecções do trato urinário.

Mas aqui a gente resolve todos os temas que as bancas de residência médica cobram!

O diagnóstico de cistite enfisematosa envolve uma combinação de sinais e sintomas, associado a exame de imagem. A cistite enfisematosa é uma forma rara de infecção complicada do trato urinário caracterizada pela presença de gás na parede ou dentro da bexiga. É mais comumente observada em mulheres idosas com diabetes mellitus, e os patógenos típicos envolvidos são Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae.

A apresentação clínica da cistite enfisematosa pode variar amplamente, variando de casos assintomáticos a sepse grave. Os sintomas comuns incluem dor abdominal, hematúria e sinais de infecção do trato urinário, embora nem sempre estejam presentes. Dada a natureza inespecífica desses sintomas, os exames de imagem são cruciais para o diagnóstico.

A tomografia computadorizada (TC) é a modalidade de imagem mais sensível e específica para o diagnóstico de cistite enfisematosa, pois pode demonstrar claramente a presença de gás na parede da bexiga. A radiografia abdominal simples também pode ser diagnóstica, mostrando sombras de gás ao longo da parede da bexiga, mas é menos sensível que a TC.

Uma vez diagnosticado, o tratamento geralmente envolve uma combinação de antibióticos, drenagem vesical e controle de condições subjacentes, como diabetes. A intervenção cirúrgica raramente é necessária, ocorrendo em cerca de 10% dos casos.