GABARITO: ALTERNATIVA C

Estrategista, na intoxicação por mercúrio, temos as seguintes manifestações clínicas:

• Mercúrio inorgânico: desconforto respiratório agudo (pneumonite química e edema pulmonar), tremor, eretismo (timidez, instabilidade emocional), proteinúria, insuficiência renal, gastroenterite hemorrágica.

• Mercúrio orgânico: transtornos mentais (fadiga, anorexia, perda de memória, insônia e transtornos de humor), ataxia cerebelar, espasticidade, parestesias, distúrbios visuais e auditivos.

A intoxicação por mercúrio pode causar encefalopatia difusa, com euforia, irritabilidade, ansiedade e labilidade emocional, podendo evoluir para confusão mental e a alteração no nível de consciência a depender da dose. Também pode ocorrer perda auditiva.

No caso da intoxicação por mercúrio orgânico, os distúrbios do SNC são significativos, com pouco ou nenhum envolvimento do sistema nervoso periférico. A neuropatia é associada principalmente ao mercúrio inorgânico, provavelmente por haver perda axonal primária. Na fase aguda, assemelha-se à síndrome de Guillain-Barré; na subaguda, à esclerose lateral amiotrófica (ELA).

Na exposição crônica por mercúrio temos a tríade clássica: (1) distúrbios neuropsiquiátricos, (2) tremores e (3) gengivoestomatite. Pode ocorrer acrodinia, uma reação rara, caracterizada por dor em extremidades acompanhada por coloração rósea e descamação da pele ("doença rosa").

O antídoto é o succímero (ácido meso-2,3-dimercaptossuccínico), simplesmente conhecido como DMSA.

Vamos às alternativas!