GABARITO: ALTERNATIVA A

Estrategistas, excelente questão para trabalharmos conceitos relacionados à morbidade!

Vamos juntos.

De formal geral, os conceitos acerca dos indicadores de morbidade, incidência e prevalência são de extrema importância na epidemiologia. Apesar de serem corriqueiramente discutidos, existem uma série de minúcias a eles relacionadas que devem ser conhecidas de forma aprofundada.

A incidência é uma medida absoluta que contabiliza o número de novos casos de uma condição em uma população ao longo de um intervalo de tempo. Assim, ela é capaz de medir o risco de adoecimento, já que observa indivíduos saudáveis evoluindo para doença ao longo do tempo.

A prevalência também é considerada uma medida absoluta, nos mostrando o número total de casos existentes de uma condição em uma população em um determinado ponto na linha do tempo. Assim, de forma distinta da incidência, não acompanha os indivíduos e, portanto, não observa saudáveis se transformando em doentes, o que não lhe permite avaliar o risco de adoecimento. É por causa dessa avaliação transversal que a prevalência pode ser chamada de prevalência de ponto ou pontual.

Observe a figura abaixo que traz um esquema diferenciando a incidência da prevalência.

Outro ponto importante que devemos discutir acerca da incidência e da prevalência são os tipos de indicadores que delas derivam e também são extremamente relevantes de serem conhecidos.

No que tange à incidência, temos a incidência acumulada e a densidade de incidência, ambas medidas relativas à uma população sob risco de ocorrência de uma condição. As duas irão avaliar o número de novos casos de uma doença ou agravo em um dado grupo populacional, sendo que a diferença entre elas é que a incidência acumulada tem por base uma população estática, que não varia ao longo do tempo em que está sendo observada, e na densidade de incidência temos uma população dinâmica, onde o número de indivíduos varia ao longo do período de observação.

Já a prevalência, possui dois indicadores derivados interessantes e que serão capazes de avaliar uma população ao longo do tempo. O primeiro é a prevalência de período, que nada mais é que o número de casos prevalentes no início de um período de avaliação (prevalência pontual), somado a todos os novos casos que porventura surjam ao longo do tempo de observação (incidência). O segundo é a chamada prevalência de toda vida, que permite contabilizar o total de indivíduos presentes em uma localidade que tiveram a doença até aquele momento. Assim, assemelha-se com a prevalência de período ao contabilizar o total de casos ao longo do tempo (prevalentes + incidentes), porém dela se diferencia por não levar em conta as emigrações e os óbitos, que são descontados.

Feita essa discussão, vamos às alternativas, buscando aquela que responde ao comando da questão.