GABARITO: ALTERNATIVA C

Questão excelente para conceituarmos alguns elementos que fazem parte do vocabulário das questões da prova de Medicina Preventiva Estrategistas! Vamos juntos entender cada um deles e sabe suas diferenças.

RAZÃO: pode ser considerada como a divisão entre duas grandezas entre si relacionadas, mas cujo elemento do numerador não pertence ao denominador. Ex: Razão de Masculinidade (RM), que é dada pela seguinte fórmula:

RM = Número de homens em uma população X / Número de mulheres em uma população X.

Perceba que estamos dividindo duas medidas distintas entre si, porém relacionadas, e aquela presente no numerador (parte de cima da fração) não está incluída no denominador (parte de baixo da fração).

PROPRORÇÃO: pode ser considerada como a divisão entre duas grandezas relacionadas entre si, e cujo o elemento do numerador está contido no denominador. Ex: Proporção de óbitos em menores de um ano na população.

Proporção de óbitos em menores de um ano na população = Óbitos nos menores de um ano / Óbitos totais na população (óbitos no menores de um ano + óbitos nos maiores de um anos).

Perceba que os óbitos em menores de um ano estão incluídos tanto no numerador quanto no denominador.

TAXA: pode ser considerada como a medida de uma grandeza X em função de uma grandeza Y em um determinado tempo. Ex: Taxa de mortalidade infantil.

Taxa de mortalidade infantil = número de óbitos em menores de 1 ano x 1000 / nascidos vivos.

Observe que o número de óbitos em menores de 1 ano, grandeza X, foi mensurada em função da grandeza Y, número de nascidos vivos, tudo isso observando geralmente o período de um ano.

ÍNDICE: pode ser considerado como a união de um ou mais indicadores que, por sua vez, são artifícios utilizados para medir fenômenos que não podem se mensurados por meio da observação direta. EX: Índice de Choque.

Índice de Choque: Frequência cardíaca / Pressão arterial sistólica.

Perceba que o índice é atemporal, ou seja, não está avaliando ocorrência de eventos incidentes por pessoa-tempo, como faz a taxa, mas sim integrando medidas de múltiplas dimensões.

Tendo em vista essa conceituação, vamos nos lembrar de como é feito o cálculo do Risco Relativo (RR) nos estudos de Coorte:

RR = Incidência do agravo nos expostos / Incidência do agravo nos não expostos.

Repare que a grandeza contida no numerador não está contida no denominador, mas ambas estão mutuamente relacionadas. Estamos diante, então, de uma RAZÃO. Lembre-se que uma outra forma de denominar o Risco Relativo é RAZÃO DE INCIDÊNCIAS.