Uma senhora de 33 anos de idade, no quinto pós-operatório de cesariana, vai ao pronto-socorro com queixa de dor abdominal de forte intensidade desde a alta, há 2 dias. Não teve melhora com uso de dipirona, tramadol e simeticona. Vem até piorando. Refere aumento do volume abdominal. Diz ter sido submetida a sondagem vesical de demora no pós-operatório da cesariana. Antecedentes cirúrgicos: apendicectomia e miomectomia. Está em bom estado geral, corada, hidratada, acianótica, anictérica e afebril, mas um pouco taquipneica. Pulso: 96 bpm, PA: 140 × 90 mmHg, FR: 20 irpm, SatO₂: 96%. O abdome é globoso e distendido, sendo difusamente doloroso. Em quadrante inferior esquerdo parece até esboçar descompressão brusca positiva. O útero é palpável 2 cm abaixo da cicatriz umbilical. No exame especular, não se vê sangramento ativo. Toque vaginal: colo fechado, indolor à mobilização, anexos livres. Hemoglobina: 11,3 g/dL, hematócrito: 34,2%, leucócitos: 10.670/mm³, plaquetas: 399.000/mm³, PCR: 97 mg/L, ureia: 76 mg/dL, creatinina: 4,14 mg/dL, Na⁺: 135 mEq/L, K⁺: 4,6 mEq/L. Fez a tomografia ilustrada.


A principal hipótese diagnóstica é