Uma senhora de 75 anos, com hipertensão arterial controlada, diabetes e artrose de quadril, é levada pela filha ao pronto-socorro, com queixa de dor abdominal e vômitos há um dia. Faz uso de aspirina, 100 mg por dia. Nunca foi operada. Está em regular estado geral, normotensa, eupneica, afebril, anictérica e desidratada. Frequência cardíaca: 60 bpm. O exame clínico do tórax não revela alterações. O abdome não tem cicatrizes e é doloroso difusamente, mesmo à palpação superficial. Está tenso e tem sinais de irritação peritoneal difusa, mas mais evidente no epigástrio. O toque retal não tem alterações. A filha traz ultrassonografia de abdome, feita no dia anterior, em outro serviço, cujo laudo sugere o diagnóstico de colecistite aguda calculosa, e a radiografia simples de abdome, mostrada abaixo. Obtido acesso venoso, é iniciada hidratação e analgesia. A gasometria arterial não mostra alterações significativas. Hemograma: hemoglobina: 9,8 g/dL, leucócitos: 15.000/mm³, sem desvio à esquerda. Creatinina: 2,16 mg/dL, ureia: 90 mg/dL, potássio: 3,5 mEq/L e sódio normal. Lactato sérico: 35 mEq/L e PCR: 187 mg/L. O médico que está atendendo a paciente solicita tomografia, mas o radiologista diz que, devido à insuficiência renal, seria melhor fazer o exame sem contraste, que não acrescentaria muito para o diagnóstico. Conduta, além de iniciar o tratamento com antibiótico e a reposição volêmica

