A sífilis na gestante (SG) e a sífilis congênita (SC) recrudesceram na última década no Brasil. De 2010 a 2019, a taxa de SC passou de 1,4 para 8,2 casos por 1.000 nascidos vivos (NVs) em consequência do aumento de sífilis em gestantes (de 3,5 para 20,8 casos por 1.000 NVs). A precocidade do diagnóstico e do tratamento na gravidez são essenciais para o melhor prognóstico neonatal e entende-se a SC como um bom indicador da qualidade da atenção pré-natal. Sobre esse tema, marque a opção CORRETA:
Questão
RJ - Instituto Fernandes Figueira - IFF
2024
Residência (Acesso Direto)
sifilis-gestante-SG8706b01887
A
os testes não treponêmicos confirmam o diagnóstico da doença. Entretanto, mesmo após tratamento adequado, eles não negativam. Portanto, a paciente poderá apresentar provas não treponêmicas positivas eternamente ao longo da vida;
B
o teste rápido para sífilis deve ser oferecido na primeira consulta pré-natal. Quando positivo, está indicado a solicitação de VDRL da gestante e do parceiro para avaliar necessidade de início do tratamento;
C
a maioria das gestantes diagnosticadas com sífilis durante o pré-natal apresenta-se assintomática e sem história prévia de infecção. Dessa forma, são classificadas como estando na fase latente indeterminada da doença;
D
o tratamento padrão da gestante é com penicilina G benzatina, mas gestantes com alergia documentada podem ser tratadas com azitromicina. Azitromicina tem comprovação de eficácia terapêutica para feto intraútero;
E
a infecção transplacentária fetal é mais comum com o avançar da gestação e com quantidades maiores de treponema na circulação sanguínea materna. Portanto, acontece com mais frequência na sífilis terciária.