Correta. A Síndrome Colinérgica, também conhecida como Síndrome Anticolinesterásica, é causada pela inibição da acetilcolinesterase, enzima responsável pela degradação da acetilcolina. Com o acúmulo da acetilcolina, há o aumento do tônus colinérgico no sistema nervoso central, periférico e autônomo, devido a hiperestimulação dos receptores muscarínicos e nicotínicos.

O acúmulo de acetilcolina pode causar efeitos diretos no sistema nervoso central, causando sintomas como agitação psicomotora, cefaleia, tonturas, convulsões e rebaixamento do nível de consciência. Além disso, nesta toxíndrome, os efeitos colinérgicos mais relevantes e predominantes (especialmente para responder as questões das provas) são os muscarínicos.

• Efeitos muscarínicos: espasmo brônquico com hipersecreção brônquica, salivação excessiva, sudorese, vômitos, diarreia, aumento da diurese, miose e bradicardia.

• Efeitos nicotínicos: taquicardia, fasciculações ou tremores e fraqueza muscular.

Os principais agentes envolvidos nesta toxíndrome são os pesticidas do tipo carbamato e organofosforados (OF). Essas substâncias representam um grupo com milhares de agentes químicos estruturalmente relacionados, com uso difundido intensamente em nosso País. Além disso, também podem estar presentes em diversos outros produtos, como inseticidas domésticos, agrotóxicos, rodenticidas e medicações. A atropinização, por via endovenosa, entre 1mg a 5mg a cada 5 minutos é capaz de reverter os sintomas da síndrome colinérgica, resultando no desaparecimento dos sintomas muscarínicos, principalmente diminuindo a hipersecreção pulmonar, consequentemente melhorando a oxigenação tecidual, além de normalizar secura de pele e mucosas e elevando a frequência cardíaca. A miose é um dos últimos parâmetros a ser revertido, e não deve ser utilizado para avaliar a melhora da intoxicação aguda.