A síndrome dos ovários policísticos (SOP), descrita pela primeira vez em 1935 por Stein e Leventhal, tem uma prevalência estimada entre 5 e 10% na população feminina, porém ainda apresenta etiologia indefinida, já tendo sido descritas mais de 100 variações gênicas nestas pacientes. Atualmente, o mais aceito é que fatores ambientais, comportamentais e psíquicos associados com a predisposição genética seriam os determinantes da síndrome. Falando sobre a SOP, é INCORRETO afirmar que:
Questão
RJ - Hospital Unimed Rio
2020
Residência (Acesso Direto)
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A
O hiperandrogenismo presente leva à perda da ciclicidade funcional ovariana causando micropolicistose e hipertrofia do estroma e essa hipertrofia constitui grande fonte de androgênios. Forma-se um círculo vicioso no mecanismo de androgenização.
B
Na adolescência a imaturidade do eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano pode simular a SOP e os distúrbios da tireóide, hiperprolactinemia e doenças adrenais também devem ser descartados antes de se concluir pelo diagnóstico desta síndrome nas mulheres investigadas.
C
Nos ovários a insulina tem ação sinérgica ao LH e a hiperinsulinemia presente nesta patologia, predispõem a distúrbios no metabolismo dos carboidratos (resistência insulínica e diabete melito. Recomenda-se, nestas pacientes, a avaliação da insulina e glicemia de jejum, com cálculo do HOMA-IR e/ou o Teste de Tolerância à glicose com 75g oral (TTGO).
D
A SOP predispõe aos cânceres mamário, endometrial, pancreático e hepático e favorece o surgimento de esteatose hepática não alcoólica, entretanto não está associada às doenças cardiovasculares por lesão endotelial.