Discussão da questão

O que o examinador quer saber com esta pergunta?

Conhecimentos semiológicos sobre a síndrome do desfiladeiro torácico.

O que você precisa saber para responder a esta pergunta?

Síndrome do desfiladeiro torácico

É uma síndrome rara, causada pela compressão do feixe neurovascular na passagem do tórax para o membro superior. Em 95% dos casos é neurogênica; na maioria das vezes, por compressão do feixe devido a uma costela cervical (30%) ou alguma alteração de partes moles (70%) (geralmente, o músculo escaleno anterior).

O paciente apresenta dor e parestesia ao longo do membro superior, que pode confundir com uma compressão radicular cervical.

O diagnóstico é iminentemente clínico, através do Teste de Adson. Deve-se posicionar-se atrás do paciente e palpar o seu pulso radial; em seguida, pedir que abduza o ombro até 90 graus e inspire, virando a cabeça para o lado contralateral. No teste positivo, pela compressão do feixe neurovascular, há diminuição do pulso. Também pode provocar piora da parestesia e fraqueza.

A manobra de Allen, embora tenha o mesmo nome que a utilizada para avaliar a perfusão do arco palmar, neste contexto é usada de outra forma: palpa-se o pulso radial e se posiciona o ombro em rotação externa e abdução. O paciente, na sequência, gira a cabeça para o lado contrário, e o pulso deve desaparecer, para o teste ser considerado positivo. Ou seja, ele é muito parecido com o teste de Adson.

Um teste variante deste é o teste de Halstead: também se palpando o pulso radial, deve-se fazer tração do membro examinado. Ao mesmo tempo, o paciente deve hiperestender o pescoço e girar para o lado contrário. O teste é positivo quando o pulso desaparece.

Outra variante é o teste de Wright: palpando-se o pulso radial, pede-se que o paciente hiperabduza o ombro – portanto, elevando-o, no plano coronal, acima da cabeça. O paciente deve respirar fundo e, para sensibilizar mais o teste, hiperestender e rodar a cabeça. O teste é positivo, novamente, na ausência de pulso.

Outro teste possível é o TEBE (Teste do Estresse do Braço Elevado), cujo epônimo é Roos: com o ombro abduzido a 90 graus e rodado externo e o cotovelo fletido 90 graus, de forma que a palma aponte para frente, deve-se pedir que o paciente abra e feche os dedos, uma vez por segundo, por três minutos. Este teste deve provocar os sintomas.

O teste costoclavicular, por fim, consiste em palpar o pulso radial e puxar o ombro para trás e para baixo; com isso, ocorre compressão do espaço costoclavicular e subequentemente abolição do pulso.

O tratamento é predominantemente conservador, mas pode ser necessário ressecar esta costela cervical – embora seja um procedimento incomum.

GABARITO: ALTERNATIVA D