Questão
ES - Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC
2025
Residência (Acesso Direto)
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“O tratamento da sífilis na gestação deve ser realizado com penicilina, já que não existe evidência de que nenhuma outra droga seja efetiva para o feto. A penicilina G apresenta uma eficácia de 99,7%, na erradicação da doença materna durante a gravidez, e de 98,2% na prevenção da Sífilis congênita em todos os estágios da doença. O tratamento exige níveis terapêuticos prolongados devido à baixa taxa de replicação do treponema e, realizado no primeiro trimestre, previne a infecção fetal, já que a transmissão transplacentária em idades gestacionais precoces é bem reduzida, e o feto ainda não terá desenvolvido a reação inflamatória ao T. pallidum, que causa as lesões.”

Fonte: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_gestacao_alto_risco.pdf>

Sobre essa grave patologia obstétrica é correto afirmar: 

A
A alergia a penicilina é um evento comum, e as reações anafiláticas são frequentes. Na presença de alergia em gestantes, a recomendação clássica é usar eritromicina.
B
É considerada resposta adequada ao tratamento a ocorrência negativação dos testes treponêmicos em três meses. A persistência de resultados reagentes em testes não treponêmicos com títulos baixos (1:1 a 1:4) durante um ano após o tratamento, quando descartada nova exposição de risco durante o período analisado, é chamada de cicatriz sorológica.
C
A maioria das gestantes, encontra-se assintomática no momento do diagnóstico e sem referir história prévia de tratamento, desconhecendo quando teria se infectado. Nessa situação, o diagnóstico é de fase latente indeterminada, e o tratamento é 2.400.000 UI de penicilina benzatina.
D
A principal via de transmissão é a transplacentária. Os períodos da doença nos quais ocorre maior transmissão são as fases com lesões primária, secundária e a fase latente recente. Quanto mais avançada a gestação, menor a probabilidade de infecção congênita decorrente da menor permeabilidade da barreira placentária.
E
Altas taxas de infecção fetal são observadas particularmente quando o intervalo entre o tratamento e o parto for inferior a 30 dias. Assim, o tratamento materno só será adequado para prevenção da infecção congênita se realizado até 30 dias antes do parto