A combinação de exames radiológicos contrastados e esofagoscopia flexível têm baixa acurácia no diagnóstico de perfurações esofágicas após trauma penetrante do pescoço, o que torna a condução desses casos um grande desafio técnico.

A compressão digital direta ou por coxim de gazes de ferimento sangrante por arma branca na zona II do pescoço é considerada apropriada para controle temporário da hemorragia externa. 

Nos pacientes com trauma cervical penetrante que apresentam alterações na voz, taquipneia, hemoptise e cianose precoce, há alta probabilidade de comprometimento direto da laringe e/ou traqueia, justificando a intubação ou a realização de procedimento cirúrgico para garantia da permeabilidade das vias aéreas.

Os objetivos que podem ser alcançados durante a toracotomia ressuscitativa de emergência incluem drenagem de tamponamento cardíaco, controle de hemorragia cardíaca ou intratorácica, clampeamento da aorta e massagem cárdica aberta.

A toracotomia ressuscitativa de emergência está indicada nos pacientes com trauma torácico penetrante com parada cardíaca assistida no departamento de emergência, por outro lado, não está indicada nos pacientes sem sinais de vida na cena (local de ocorrência do traumatismo).