O uso de antibióticos profiláticos pode ser considerado uma abordagem inespecífica para a prevenção de infecções do trato urinário (ITU) recorrentes. A eficácia da profilaxia foi questionada, mesmo em crianças com refluxo vesico-ureteral (RVU), por várias séries randomizadas relativamente pequenas, incluindo crianças com baixas notas de RVU. Como pode ser esperado, o benefício dos antibióticos profiláticos é mais facilmente demonstrado quando usados em populações específicas sabidamente de alto risco para ITU recorrente. Em relação às ITUs recorrentes é conhecido que:
Questão
GO - Secretaria de Estado da Saúde de Goiás - SES GO
2022
Residência (Acesso Direto)
uso-antibioticos809d03e776
A
mesmo em populações que apresentam maior risco de ITU recorrente, como meninas com RVU com dilatação do trato urinário (ou seja, maior ou igual ao grau III), os antibióticos profiláticos não têm se mostrado eficazes.
B
a exposição a antibióticos aumenta a probabilidade de que quaisquer ITUs subsequentes sejam causadas por bactérias resistentes aos antibióticos previamente prescritos. Isso está relacionado ao fato de que a flora vaginal frequentemente se torna resistente ao antibiótico de tratamento
C
o antibiótico ideal para profilaxia seria eficaz contra a maioria dos uropatógenos, ser facilmente administrado e tolerado, sem efeitos colaterais significativos, ter altas concentrações urinárias e baixas concentrações séricas e ter pouco impacto na flora bacteriana nativa e na resistência bacteriana.
D
as opções comuns de antibióticos profiláticos incluem sulfametoxazol e trimetroprima, trimetroprima, nitrofurantoína, cefalosporinas de primeira geração e ampicilina. Com o aumento da resistência de E. coli a sulfametoxazol e trimetroprima, seu uso dessa forma é cada vez mais questionável.