GABARITO: ALTERNATIVA D

A velocidade de hemossedimentação (VHS) é considerada uma prova de atividade inflamatória com alta sensibilidade e baixa especificidade. Ela aumenta com a idade e é naturalmente mais elevada no sexo feminino. É realizada colocando-se o sangue do paciente em um tubo milimetrado e medindo-se a taxa de sedimentação das hemácias após determinado tempo, geralmente 1 hora. Proteínas presentes no plasma, como o fibrinogênio, alteram as cargas estáticas sobre as hemácias e alteram a sua taxa de sedimentação. Além disso, fatores ligados às hemácias, como seu formato, também alteram o VHS.

Claramente em situações que envolvam processo inflamatório sistêmico, como neoplasias (mieloma múltiplo), doenças reumáticas (polimialgia reumática) e infecções (tuberculose vertebral) o VHS vai se elevar. Entretanto, outras doenças e condições interferem nos seus valores e, por isso, seu resultado deve receber sempre uma avaliação crítica e, de preferência, junto a outros reagentes de fase aguda, como a proteína C-reativa. Na tabela abaixo estão algumas condições que podem tanto diminuir quanto aumentar o VHS:

Tabela: Fatores que interferem na velocidade de hemossedimentação (VHS).

Quanto à gravidez, os mecanismos que parecem justificar a elevação do VHS, mesmo não se tratando de uma condição inflamatória, são a elevação do fibrinogênio e a maior prevalência de anemia nesse período da vida da mulher.

Uma curiosidade: no caso do mieloma, além do fato de ser uma neoplasia temos a presença de proteínas anômalas circulantes que também contribuem para o aumento do VHS.

Assim, como nas doenças trazidas nas alternativas “a”, “b” e “c” já esperamos elevação do VHS, a alternativa que traz uma condição na qual ele está paradoxalmente elevado é a gravidez (alternativa “d” correta).