Querido aluno, hepatites virais é um tópico importante a ser estudado! Vamos rever hepatite C?

O vírus da Hepatite C (HCV) é um vírus de RNA, pertencente à família Flaviviridae, com transmissão parenteral. Ele foi identificado em 1989 sua testagem em bancos de sangue passou a ser obrigatória em 1992. Transfusões de sangue e hemoderivados e cirurgias anteriores a isso são sempre suspeitas!

A transmissão ainda pode acontecer através do uso de drogas injetáveis e inalatórias e esse é o principal fator de risco para novas infecções pelo HCV nos últimos 20 anos. A transmissão sexual e vertical é descrita, porém parece não ser muito frequente, estimada em cerca de 3-10%.

Hepatite aguda sintomática é rara, acontecendo em até 20% dos casos, sendo mais comum identificar o vírus já em sua fase crônica. Mais um conceito que pode cair na sua prova: hepatite C é a hepatite viral que mais cronifica. O risco de evolução para hepatite fulminante é controverso e parece não existir.

Em relação à sorologia da hepatite C, existe apenas um anticorpo, o antiHCV. Esse anticorpo surge quando o indivíduo tem contato com o vírus da Hepatite C e não confere imunidade, ou seja, uma vez curado da Hepatite C, após tratamento ou espontaneamente, o paciente pode ser novamente contaminado, mesmo com antiHCV positivo.

É um erro comum (que não vamos cometer!) acreditar que antiHCV positivo é igual ao diagnóstico de hepatite C. Porém, ele marca “apenas” o contato com o vírus. O diagnóstico da Hepatite C deve ser feito com a dosagem da carga viral (HCV-RNA). Se positiva, aí sim seremos capazes de dar um diagnóstico de Hepatite C.

Esse erro acontece porque a maior parte dos pacientes que tiveram contato com o HCV vão cronificar (cerca de 80%), e apenas uma minoria vai clarear (curar) o vírus espontaneamente.

Portanto, NÃO podemos afirmar que antiHCV positivo é igual à infecção atual pelo HCV. Essa confirmação se dará apenas após realização da carga viral.

Vamos ver as alternativas!