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O que é anticoncepcional?
Anticoncepcional é qualquer método cujo objetivo seja a prevenção da gestação. Existem diversos tipos de métodos anticoncepcionais, como comportamentais, de barreira, hormonais, entre outros.
Principais tipos de anticoncepcionais
Como apontado acima, existem diversos grupos nos quais podemos classificar os anticoncepcionais. Eles podem ser comportamentais, de barreira, DIU, hormonais ou cirúrgicos.
Métodos anticontraceptivos comportamentais
São os métodos mais antigos conhecidos e com maior taxa de falha também, sendo considerados pouco efetivos.
As principais formas de aplicação desse método são:
- Tabelinha;
- Muco cervical;
- Temperatura basal; e
- Coito interrompido.
A tabelinha consiste no conhecimento da mulher sobre a duração do seu ciclo. Nesse caso, deve-se evitar relações sexuais no período próximo a ovulação, que é 3 dias antes e 3 dias após o 14º dia antes do início do próximo ciclo. É um método que depende de grande regularidade do ciclo menstrual e tem taxa de falha de aproximadamente 24%.
Já a técnica muco cervical se baseia nas mudanças do muco secretado pelo colo do útero durante o ciclo. Na fase ovulatória, o muco se torna elástico, com textura similar a uma clara de ovo. Tal método depende do conhecimento da mulher sobre as fases do seu ciclo menstrual e de como acompanhar corretamente a variação do muco. Esse método pode atingir taxas de falha de 15%.
No método de temperatura basal, a mulher deve medir a temperatura corporal diariamente a fim de identificar o período ovulatório, pois nele há uma elevação da temperatura. Vale ressaltar que essa técnica pode sofrer interferências de processos inflamatórios ou infecciosos. Sendo assim, a taxa de falha pode chegar a 20%.
Por fim, o coito interrompido é a retirada do pênis da vagina antes da ejaculação. Sua taxa de falha pode chegar a 27%.
Métodos anticontraceptivos de barreira
Os métodos anticontraceptivos de barreira são três:
- Preservativo masculino;
- Preservativo feminino; e
- Diafragma com espermicida.
O diafragma está em desuso atualmente, visto que são poucas as empresas fabricantes no Brasil. Ele deve ser utilizado em conjunto com espermicida. No uso perfeito, tem taxa de falha de 6% e no uso habitual, 16%. Além disso, ele não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Os preservativos masculino e feminino são os únicos que, além da proteção contra a gestação, previnem contra ISTs. O uso perfeito tem taxa de falha de 2%, enquanto que no habitual é de 16%. Para uma melhor eficácia é recomendado sua associação a um segundo método anticoncepcional.
Dispositivos intrauterinos (DIUs)
Os dispositivos intrauterinos são pequenos objetos, em formato de T que são introduzidos dentro da cavidade uterina por um profissional de saúde. Podem ser de três tipos:
- Cobre;
- Cobre com prata; e
- Levonorgestrel.
Os DIUs têm como grande vantagem a alta taxa de eficácia, pois apresentam a taxa de falha com uso habitual muito próxima a do uso perfeito, de maneira que o DIU não hormonal tem taxa de falha de cerca de 0,5%, e do DIU de levonorgestrel, é de aproximadamente 0,2%.
Além disso, os DIUs apresentam poucas contraindicações. A desvantagem é o custo que é mais alto que outros métodos e depende da disponibilidade e treinamento de profissionais para inseri-lo. Os DIUs não-hormonais também podem ocasionar piora nas cólicas menstruais e aumento do fluxo sanguíneo.
Esse método anticoncepcional pode ser usado por tempo prolongado, o DIU de cobre pode ser trocado de 10 em 10 anos, enquanto o DIU de cobre com prata e o de levonorgestrel, de 5 em 5 anos.
Anticoncepcional hormonal
Os anticoncepcionais hormonais têm diversas apresentações no mercado, sendo elas:
- Pílula oral;
- Anel vaginal;
- Adesivo;
- Injetável; e
- Implante subdérmico.
As pílulas orais foram o primeiro método contraceptivo hormonal desenvolvido e atualmente podem ser encontrados em dois tipos de formulações, a combinada, que tem em sua composição estrogênio e progestagênio e a pílula apenas com progestagênio.
Ambas têm como função a inibição da ovulação, protegendo assim contra a gravidez. Entretanto, a pílula apenas de progestagênio pode causar algumas irregularidades no ciclo menstrual, o que pode ser incômodo para as usuárias. O estrogênio melhora essas irregularidades, no entanto é contraindicado para mulheres com aumento de risco para eventos tromboembólicos.
A taxa de falha das pílulas anticoncepcionais é de 0,5% no uso perfeito, contudo o uso habitual pode elevar essa taxa em 7 a 10%.
O anel vaginal e o adesivo são compostos por progestagênio e estrogênio. Esses métodos têm como vantagem o fato de não ser necessário o uso diário, de maneira que o anel deve ser trocado mensalmente e o adesivo, semanalmente. Ambos oferecem uma taxa de falha de menos de 1%, no entanto no uso habitual, tal taxa pode ser em torno de 9%.
O anticoncepcional injetável também possui formulação combinada ou apenas com progestagênio. A injeção combinada deve ser aplicada por via intramuscular mensalmente e a injeção de progestagênio, trimestralmente. A taxa de falha de ambas no uso ideal é de menos de 1%, porém no uso habitual pode chegar a 5%.
Por fim, há o implante subdérmico. Ele libera progestagênio ao longo do tempo e pode ser usado por três anos. Deve ser aplicado por um médico treinado para colocá-lo e é o método contraceptivo reversível mais eficaz do mercado, com taxa de falha no uso perfeito e no uso habitual iguais, que chegam a menos de 0,1%.
Métodos cirúrgicos
Os métodos cirúrgicos são a laqueadura e a vasectomia. A laqueadura é feita pela ligadura das tubas uterinas e na vasectomia faz-se a ligadura dos ductos deferentes. Elas, respectivamente, impedem o encontro dos espermatozóides com o óvulo e a saída dos espermatozóides na ejaculação.
São considerados métodos permanentes e com taxa de falha inferior a 1%. Ambas só podem ser realizadas por pessoas com mais de 25 anos ou com dois filhos vivos.
Qual anticoncepcional é melhor?
Cada pessoa tem suas particularidades e o planejamento familiar deve ser discutido com o médico responsável pelo acompanhamento da pessoa, a fim de se analisar os riscos e benefícios de cada método e para que a escolha seja feita de forma consciente e esclarecida.
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