Resumo de carcinoma basocelular: manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e mais!

Resumo de carcinoma basocelular: manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e mais!

Quer saber mais sobre as principais características sobre o carcinoma basocelular, importantes para a prática clínica e provas de residência? Veja esse artigo que o Estratégia MED preparou especialmente para você!

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Caso precise focar nos principais pontos sobre o carcinoma basocelular, atente-se aos seguintes tópicos

  • Apresentação clínica; e
  • Tratamento.

Definição da doença

O carcinoma basocelular é uma neoplasia maligna de células morfologicamente semelhantes às células basais da epiderme, cuja capacidade de invasão é localizada, com crescimento lento, e que, muito raramente, causa metástase. 

Epidemiologia e fisiopatologia do carcinoma basocelular

É o tipo de câncer de pele mais comum e corresponde a cerca de 70% dos casos desse subtipo de neoplasia. Mais de 90% dos casos ocorrem acima dos 30 anos e é bem mais rara em pessoas negras, dada a proteção que o pigmento dá em relação à radiação solar. 

Os principais fatores etiológicos do carcinoma basocelular são as radiações de todos os tipos, substâncias químicas como alcatrão e seus derivados e arsênico. Como fatores de risco importantes, é preciso citar a cor de pele clara e profissões com exposição à radiação.

A maioria dos carcinomas basocelulares possuem duas mutações distintas da via Hedgehog, a primeira que inativa o alelo PTCH1 – responsável pela proteína transmembrana Patched 1 –  e a segunda ativa o gene que codifica SMO – proteína transmembrana Smoothened.

Essas mutações levam a um desequilíbrio da via de sinalização Hedgehog, o que desempenha um papel importante no processo de carcinogênese de diversos tumores, entre eles, o carcinoma basocelular. 

Manifestações clínicas do carcinoma basocelular

A lesão característica do carcinoma basocelular é a pápula translúcida e brilhante de coloração amarelada. Devido a essa apresentação, denomina-se lesão perolada, por causa da semelhança a uma pérola. 

Em torno dela não há inflamação e também estão ausentes o comprometimento ganglionar ou sistêmico. Preferencialmente, a lesão está presente na região cefálica, porém também pode aparecer no tronco e membros. Se não tratada, a lesão tende a crescer e ulcerar.

Uma forma mais rara é a chamada terebrante, com invasão mais rápida, se inicia já com ulceração e causa grande destruição da face, levando a união da boca e das fossas nasais em um único orifício. Essa forma também pode destruir o globo ocular e invadir a calota craniana.

Diagnóstico do carcinoma basocelular

É feito principalmente pela morfologia da lesão que é bastante característica. A conclusão diagnóstica é feita pela excisão da lesão e consequente exame histopatológico compatível com carcinoma basocelular.

Tratamento do carcinoma basocelular

Em lesões menores que 1 cm, podem ser realizadas curetagem, crioterapia e  eletrodissecação. Em carcinomas basocelulares superficiais, também é possível utilizar imiquimode a 5%. Entretanto, a exérese cirúrgica é a melhor indicação terapêutica para a maioria dos casos.

Dadas as características desse carcinoma de invasão localizada, progressão lenta e de metástases muito raras, o prognóstico é bom e é o melhor dentre as neoplasias malignas de pele.

Prevenção

A principal forma de se prevenir contra o carcinoma basocelular é evitar a exposição exagerada ao sol e quando for fazê-lo, como em idas à praia, utilizar protetor solar, chapéus e procurar sombras.

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Referências bibliográficas:

  • Dermatologia / Rubem David Azulay, David Rubem Azulay, Luna Azulay-Abulafia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
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