Depressão: o que é, sintomas e muito mais!

Depressão: o que é, sintomas e muito mais!

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O que é depressão?

Depressão é um transtorno do humor, ou seja, é uma condição que causa alterações patológicas do humor, cognitivas e psicomotoras. É uma doença de bom prognóstico, se adequadamente diagnosticada e tratada por tempo suficiente. 

Epidemiologia

A prevalência da depressão na população varia muito em relação ao estudo realizado e ao país onde vivem os pacientes, de maneira que os achados variam de 5% até 20% de pacientes com transtornos depressivos em relação à população geral. 

Além disso, a depressão é duas vezes mais prevalente em mulheres do que em homens e a idade média de início é semelhante em ambos os gêneros, pois o primeiro episódio ocorre geralmente entre os 20 e 30 anos. 

Causas da depressão

A etiologia da depressão é complexa e envolve diversos fatores psicológicos, ambientais, genéticos e biológicos. Entretanto, sabe-se que existem alterações bioquímicas envolvidas na gênese da doença, com desequilíbrio de produção e função da noradrenalina, serotonina, dopamina e de mensageiros secundários como a adenil ciclase. 

Também há desregulação dos eixos endócrinos, dos períodos de sono, do ritmo circadiano, do sistema imunológico e da morfofisiologia cerebral, o que desencadeia ou piora os sintomas associados à depressão. 

Sinais e sintomas da depressão

Alguns dos principais sintomas do transtorno depressivo são a presença de humor depressivo, falta de interesse e motivação, lentificação psicomotora, redução ou ausência da capacidade de sentir prazer e felicidade em situações apropriadas, distúrbios de sono e falta ou excesso de apetite

Pode haver também humor irritável, com paciente que se irrita muito facilmente com qualquer coisa. A lentidão psicomotora é bastante variável e envolve atividades como dificuldade de se levantar pela manhã e realizar suas tarefas diárias, especialmente as que envolvem a higiene básica, como escovar os dentes e tomar banho. 

Além disso, pode haver mudanças na sociabilidade da pessoa acometida pela doença, com tendência a se isolar da família e amigos, muitas vezes passando o dia inteiro deitada e fechada no quarto. 

Quanto à cognição, ocorre lentidão dos processos psíquicos, que se expressa com dificuldade de raciocínio, confusão mental, problemas de memória e comprometimento da capacidade de organização e planejamento. Nas pessoas idosas, esses sintomas podem ser confundidos com demência, de maneira que sempre deve ser pensado como diagnóstico diferencial.  

Tipos de depressão

Podemos classificar a depressão em:

  1. Depressão maior;
  2. Depressão atípica;
  3. Depressão sazonal;
  4. Depressão endógena ou melancólica
  5. Depressão psicótica;
  6. Depressão bipolar; e 
  7. Distimia.

Depressão maior

Trata-se da forma mais comum de depressão. Pode ser classificada em leve, moderada e grave, a depender do quanto a doença afeta a funcionalidade do paciente em suas atividades rotineiras. 

Para o diagnóstico da depressão maior, cinco ou mais dos seguintes sintomas devem estar presentes no paciente, de acordo com o DSM-V – Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição:

  1. Humor deprimido durante a maior parte do dia;
  2. Diminuição acentuada do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades durante a maior parte do dia;
  3. Ganho ou perda ponderal significativo (> 5%) ou diminuição ou aumento do apetite;
  4. Insônia (muitas vezes insônia de manutenção do sono) ou hipersonia;
  5. Agitação ou atraso psicomotor observado por outros (não autorrelatado)
  6. Fadiga ou perda de energia;
  7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada;
  8. Capacidade diminuída de pensar, concentrar-se ou indecisão; e
  9. Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, tentativa de suicídio ou um plano específico para cometer suicídio.

Além disso, devem ser afastadas outros possíveis fatores, como uso de substâncias que possam causar os sintomas ou outras condições clínicas como hipotireoidismo. Também, não podem ser melhor explicados por luto.

Depressão atípica

Nela há inversão dos sintomas vegetativos, com a presença de aumento do apetite, hipersonia, ganho de peso, maior reatividade do humor, sendo possível se alegrar perante eventos positivos e padrão de muita sensibilidade à percepção de rejeição interpessoal. É mais comum em pacientes que apresentam transtorno bipolar.

Depressão sazonal

Mais infrequente em nosso país, devido a pouca demarcação das estações do ano, de maneira que é mais comum em países com inverno rigoroso, é caracterizada pela ocorrência de episódios depressivos durante o outono e inverno, com remissão dos sintomas na primavera. 

Depressão endógena ou melancólica

Ocorre anedonia absoluta, humor depressivo que não reage a estímulos agradáveis, sentimentos de culpa, insônia terminal, piora matutina, redução de apetite, perda ponderal e retardo ou agitação psicomotora. 

Depressão psicótica

É uma forma grave de depressão, com a presença de sintomas psicóticos, tais como delírios ou alucinações, que podem ser congruentes ou incongruentes com o humor. As alucinações são geralmente auditivas, mas também podem ser visuais. 

Depressão bipolar

Essa forma da doença ocorre em pacientes portadores de transtorno bipolar do humor, no qual há alternância entre episódios depressivos, mistos e maníacos e hipomaníacos. 

Distimia

O quadro clínico dessa forma é semelhante ao da depressão maior, entretanto os sintomas são menos acentuados e a duração é de pelo menos dois anos. Há a presença de letargia, inércia matinal, anedonia, dificuldade de concentração, sentimentos de inadequação e baixa auto-estima. 

Diagnóstico

O diagnóstico da depressão é clínico, de maneira que é fundamental a realização de uma anamnese muito detalhada associada a um exame psíquico aprofundado para caracterizar a doença. Não existe nenhum exame complementar capaz de realizar a conclusão diagnóstica, entretanto é preciso afastar eventuais causas orgânicas, como hipotireoidismo e demências

Tratamento

O tratamento envolve medidas de suporte, psicoterapia e fármacos. O suporte envolve o acompanhamento médico do paciente ao longo da evolução, para observar a evolução ou regressão dos sintomas, a educação do paciente e dos familiares sobre a condição patológica da doença, de maneira a esclarecer que não se trata de “frescura”. Por fim, é importante estimular a retomada das atividades, como exercícios físicos. 

A psicoterapia é reconhecida como eficaz em pacientes com transtorno depressivo maior, em especial a terapia cognitiva-comportamental e a terapia interpessoal. Além disso, existem uma ampla gama de classes farmacológicas para o tratamento da doença, como os inibidores seletivos de recaptação da serotonina, inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina, antidepressivos tricíclicos e inibidores da monoaminoxidase. 

Atualmente, o tratamento de primeira linha são os inibidores seletivos de recaptação da serotonina e os principais representantes dessa classe são o escitalopram, fluoxetina, paroxetina e sertralina. 

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