Doença de Parkinson: o que é, causas e muito mais!

Doença de Parkinson: o que é, causas e muito mais!

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O que é Doença de Parkinson?

A doença de Parkinson, ou parkinsonismo primário, é uma doença degenerativa crônica e progressiva que se manifesta pela presença da síndrome parkinsoniana, porém frequentemente está associada a manifestações não-motoras. A síndrome parkinsoniana se caracteriza pela presença de bradicinesia, rigidez, tremor e instabilidade postural. É a segunda doença neurodegenerativa mais comum do mundo, atrás apenas do Alzheimer.

O que é Doença de Parkinson?

Dia Mundial do Parkinson

O Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson é celebrado no dia 11 de abril. A data tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a doença de Parkinson, que pode afetar cerca de 1% da população acima de 65 anos de idade. A meta é possibilitar um diagnóstico mais rápido e o início precoce do tratamento, de modo a melhorar a evolução clínica do paciente. 

Quais são as causas da Doença de Parkinson?

A causa da doença de Parkinson é multifatorial, pois envolve interações ambientais e genéticas. Já foram identificados 20 loci gênicos relacionados à doença de Parkinson, sendo que geralmente nas pessoas em que a doença se manifesta mais cedo, há maior influência das causas genéticas. 

Atualmente, conclui-se que a doença de Parkinson é causada por um depósito anormal de alfa-sinucleína, proteína com ação na pré-sinapse. Esse fenômeno ocorre em locais mais susceptíveis, tais como a substância negra, no mesencéfalo e o locus ceruleus, na ponte. Essa deposição é tóxica para as células, o que leva à morte de neurônios. 

Quais os sintomas da Doença de Parkinson?

Uma característica imprescindível nas manifestações da doença de Parkinson, é a presença de síndrome parkinsoniana, cujos sintomas são bradicinesia, instabilidade postural, tremor de repouso e rigidez. 

A bradicinesia — ou acinesia — caracteriza-se pela redução da amplitude e lentificação dos movimentos, sejam voluntários ou involuntários. Já a rigidez manifesta-se como hipertonia plástica, com resistência ao movimento de forma contínua ou intermitente, sendo que este último achado é chamado de sinal da roda denteada

A instabilidade postural decorre da perda de reflexos quando há mudanças de direção e geralmente aparece em fases mais avançadas da doença. Por fim, o tremor ocorre no repouso, piora durante a caminhada e em situações de estresse e desaparece ao dormir. Sua frequência varia de quatro a seis vezes por segundo. 

Já os sintomas não motores, que também são característicos da doença de Parkinson, incluem depressão, declínio cognitivo, ansiedade, alterações gastrintestinais, hipotensão postural, incontinência urinária, entre outros.

Diagnóstico

O diagnóstico de doença de Parkinson precisa ser realizado conforme algumas etapas. Geralmente a primeira manifestação é o tremor, de maneira que nessa etapa é fundamental diferenciar o tremor parkinsoniano do essencial.

Tremor parkinsonianoTremor essencial
RepousoPostural
Unilateral/AssimétricoSimétrico
Responde a drogas dopaminérgicas e anticolinérgicasResponde a betabloqueadores e a primidona

Após identificar que estamos de fato à frente de uma síndrome parkinsoniana, é necessário separar o parkinsonismo primário, que é a doença de Parkinson, de outras causas, que levam ao chamado parkinsonismo secundário. A causa mais comum de parkinsonismo secundário é uso de drogas que reduzem a atividade dopaminérgica, como alguns antipsicóticos e antieméticos. 

Um fator importante para o diagnóstico de doença de Parkinson é a boa resposta ao uso de drogas dopaminérgicas, em especial a levodopa. O avanço da doença de Parkinson, especialmente durante o uso de levodopa, é lento, de maneira que uma evolução acelerada durante seu uso deve abrir caminho para outras hipóteses diagnósticas, como paralisia supranuclear progressiva e atrofia de múltiplos sistemas. 

Alguns exames complementares podem ser de boa valia no diagnóstico, tais como PET e SPECT, que utilizam marcadores cintilográficos para avaliar a atividade dopaminérgica no encéfalo. No entanto, tais exames não são muito disponíveis, sendo assim uma anamnese cuidadosa, o exame neurológico e o teste terapêutico podem ser de grande importância para diagnosticar a doença.

Qual o tratamento da doença de Parkinson?

O tratamento de escolha é o uso de levodopa, pois melhora a atividade dopaminérgica do paciente, entretanto pode perder efeito a longo prazo e causar movimentos involuntários, fenômeno esse denominado discinesia. 

Para pacientes com discinesia importante, pode-se associar a levodopa à amantadina, que diminui a ocorrência desse efeito adverso. Já em relação ao tratamento dos sintomas não motores, é possível usar antidepressivos tricíclicos para depressão e distúrbios de sono e dieta rica em fibras para constipação intestinal. 

Existem também tratamentos cirúrgicos, cuja indicação varia conforme a manifestação dos sintomas e é contraindicada na presença de declínio cognitivo. Deve ser realizada apenas quando há um esgotamento das opções clínicas terapêuticas. 

Além disso, fisioterapia e fonoterapia são muito indicadas em qualquer fase da doença de Parkinson, por reduzir o risco de queda e melhorar a fala e a deglutição.

Como o Parkinson pode levar ao óbito?

A doença de Parkinson, por si só, não leva à morte, entretanto seus sintomas podem causar complicações potencialmente fatais. Os principais fatores são a dificuldade de mobilidade que pode levar a quedas ou à síndrome da imobilidade e a dificuldade de deglutição pode causar broncoaspiração, provocando uma pneumonia aspirativa, que, em pacientes debilitados, tem mau prognóstico. 

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