Quer saber mais sobre a losartana, medicação muito utilizada na prática clínica e que é cobrada nas provas de residência médica? Veja esse artigo que o Estratégia MED preparou especialmente para você.
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Visão geral da losartana
A losartana é um bloqueador do receptor de angiotensina (BRA), de uso oral, cuja principal apresentação é a losartana potássica em comprimidos revestidos com 50mg.
Indicações e dosagem
A losartana é indicada para o tratamento da hipertensão arterial sistêmica, da insuficiência cardíaca, para redução do risco de morbidade e mortalidade em pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda e para retardar a progressão de doença renal em pacientes diabéticos com proteinúria.
A dose inicial em pacientes sem insuficiência cardíaca é de 50 mg uma vez ao dia, que pode ser aumentada para 100 mg uma vez ao dia. Nos pacientes com insuficiência cardíaca, a dose inicial é de 12,5 mg diários, que deve ser titulada a intervalos semanais até atingir 50 mg uma vez ao dia.
Contraindicações
A losartana é contraindicada para pacientes com reação de hipersensibilidade a essa substância ou qualquer um dos componentes do produto. Também não é indicada para pacientes com insuficiência hepática grave.
Não deve ser usado concomitantemente com produtos que contenham alisquireno,, nem durante o segundo ou terceiro trimestre de gestação.
Efeitos adversos da losartana
Os efeitos adversos mais comuns da losartana são anemia, tontura, vertigem, insuficiência ou falência renal, aumento da ureia, creatinina e potássio séricos e hipoglicemia.
Características farmacológicas da losartana
Farmacodinâmica
A losartana é um antagonista específico do receptor de angiotensina II, o que leva à inibição das respostas pressóricas sistólica e diastólica às infusões de angiotensina. A atividade anti-hipertensiva e supressão da concentração plasmática de aldosterona são aparentes em 2 e 6 semanas, respectivamente.
Farmacocinética
A losartana é bem absorvida e após metabolismo de primeira passagem forma um metabólito carboxílico ativo e outros metabólitos inativos. A biodisponibilidade é de cerca de 33%.
Possui alta taxa de ligação a proteínas plasmáticas, a meia-vida da losartana é de 2 horas e de seu metabólito ativo de 6 a 9 horas e possui excreção renal e biliar.
Advertências e precauções da losartana
A losartana não deve ser administrada em pacientes gestantes entre o segundo e terceiro trimestre, pois diminui a função renal fetal. O uso no primeiro trimestre de gestação e em lactantes não é recomendado.
A administração em pacientes com insuficiência hepática grave é contraindicada, e naqueles com insuficiência hepática leve a moderada, as doses iniciais devem ser mais baixas.
A medicação deve ser utilizada com cuidado em pacientes com estenose de artéria renal bilateral ou de rim único, pois pode elevar as taxas de ureia e creatinina sérica nesses pacientes.
Interações medicamentosas
A losartana pode interagir com diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio e outros medicamentos que possam aumentar o potássio sérico. Caso o paciente utilize lítio, é necessário monitorar os níveis séricos dessa substância.
AINEs podem reduzir os efeitos da losartana e, em pacientes com função renal comprometida, a associação dessa classe à losartana pode levar a maior deterioração da função renal, causando insuficiência renal aguda.
Superdosagem ou intoxicação
Não há informações suficientes sobre superdosagem em humanos, porém as manifestações mais prováveis são hipotensão e taquicardia. Havendo hipotensão sintomática, deve ser dado tratamento de suporte.
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