Quer saber mais sobre a tricomoníase, como fazer o manejo clínico e como é cobrada nas provas de residência médica? Veja esse artigo que o Estratégia MED preparou para você!
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Dicas do Estratégia para provas
Veja abaixo os principais tópicos referentes à tricomoníase, para que você possa maximizar seu tempo!
- Quadro clínico
- Como diagnosticar
- Tratamento preconizado
Definição da doença
A tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível causada por um protozoário da espécie Trichomonas vaginalis que, em mulheres, causa mais comumente uma vaginite.
Epidemiologia e fisiopatologia da tricomoníase
A tricomoníase é a infecção sexualmente transmissível não viral de maior prevalência. O T. vaginalis coloniza principalmente o epitélio escamoso do trato genitourinário, causando inflamação local ao aderir à mucosa. Na maioria dos casos, o período de incubação dessa doença é de 4 a 28 dias.
Manifestações clínicas da tricomoníase
Cerca de 50% das mulheres são assintomáticas, entretanto mesmo aquelas que por muito tempo não tenham sintomas, podem ter manifestação clínica com o decurso do tempo.
Os sintomas mais comuns são corrimento amarelado de odor desagradável, associado à sensação de queimação e prurido vaginal, dor ao urinar e dispareunia, que são clássicos de vulvovaginites.
Diagnóstico da tricomoníase
O diagnóstico da tricomoníase é iniciado com a anamnese compatível com os sintomas acima especificados. Após essa etapa, deve ser feito o exame especular, no qual a secreção vaginal deve ser coletada para avaliação.
A amostra deve ser submetida à análise microscópica a fim de identificar o parasita de forma direta. Entretanto, esse método possui baixa sensibilidade, que se reduz ainda mais conforme o tempo entre a coleta e o exame passa.
Portanto, o padrão-ouro para a identificação da infecção por T. vaginalis é a cultura, que tem sensibilidade e especificidade superiores a 95%. O meio de cultura que deve ser utilizado nesse método é o Diamond.
Outra possibilidade é realizar a amplificação nucleica por PCR da amostra para identificar o material genético do protozoário na amostra, no entanto esse método é caro e pouco disponível.
Tratamento da tricomoníase
O tratamento de eleição para a tricomoníase é a administração de 2g de metronidazol ou tinidazol por via oral, em dose única, para mulheres, pois para elas essa estratégia tem uma taxa de cura de cerca de 95%.
No entanto, em homens a eficácia do esquema acima é reduzida, dessa forma os contactantes sexuais do sexo masculino devem ser tratados com metronidazol ou tinidazol, 500mg por via oral, duas vezes por dia, durante 5 a 7 dias.
Prevenção
A principal forma de prevenção contra a tricomoníase é ter relações sexuais com uso de preservativos, além de evitá-las com parceiros com diagnóstico de infecção por T. vaginalis não tratada.
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Referências bibliográficas:
- Ginecologia de Williams [recurso eletrônico] / Hoffman … [et al.]; tradução: Ademar Valadares Fonseca … [et al.] ; [coordenação técnica: Suzana Arenhart Pessini ; revisão técnica: Ana Paula Moura Moreira … et al.]. – 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2014