Veia Jugular: anatomia, patologia e mais!

Veia Jugular: anatomia, patologia e mais!

A veia jugular é um importante vaso do organismo humano. É fundamental saber a sua anatomia e as patologias relacionadas a ela, tanto para a prova de residência quanto para o dia a dia da prática profissional.

O que é a Veia Jugular?

Ela é uma veia que faz transporte de sangue da região crânio-encefálica para a veia subclávia e veia cava superior, drenando até o coração. 

Existem as veias jugulares externas e internas, duas de cada lado do pescoço, sendo que as jugulares internas têm calibre maior do que as externas. Confira abaixo a descrição de cada uma delas. 

Veia jugular interna

Veia jugular interna

Saber verificar o pulso da veia jugular interna é muito importante, uma vez que suas pulsações podem fornecer informações sobre a atividade do coração, como os registros do eletrocardiograma e da pressão do átrio direito. 

As pulsações da veia são transmitidas pelos tecidos adjacentes e podem ser observadas profundamente ao músculo esternocleidomastóideo, acima da extremidade medial da clavícula. 

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Como não existem válvulas na veia braquiocefálica ou na veia cava superior, a onda de contração se propaga desses vasos para a veia jugular interna. As pulsações são especialmente visíveis quando a cabeça da pessoa está mais baixa do que os pés. 

O pulso dela aumenta consideravelmente em condições como a da doença da valva atrioventricular esquerda, em que a pressão na circulação pulmonar e no lado direito do coração é elevada.

Veia jugular externa

No que diz respeito à anatomia, a veia jugular externa se origina  na região próxima ao ângulo da mandíbula através da  união da divisão posterior da veia retromandibular com a veia auricular posterior. Ela cruza o músculo esternocleidomastóideo em direção oblíqua, profundamente ao platisma, e, em seguida, perfura a lâmina superficial da fáscia cervical, na margem posterior do músculo esternocleidomastoideo. A veia irá se direcionar  para a parte inferior da região cervical lateral, desembocando na veia subclávia. 

Veia jugular túrgida

A Veia Jugular externa atua como um barômetro (medidor de pressão) interno. Na maioria das vezes, quando a pressão venosa está dentro da faixa normal, apenas uma pequena parte da jugular externa é visível acima da clavícula. 

Entretanto, quando a pressão venosa aumenta (no caso de insuficiência cardíaca, por exemplo), a veia jugular externa se torna proeminente em todo o seu trajeto ao longo da face lateral do pescoço. 

Dessa maneira, a observação rotineira à procura de distensão dessa veia durante exames físicos pode fornecer sinais diagnósticos de insuficiência cardíaca, obstrução da veia cava superior, aumento dos linfonodos supraclaviculares ou aumento da pressão intratorácica.

Como este tema pode ser cobrada na prova de residência?

Questão 01 e 02:

Paciente de três meses de idade, prematuro, internado em Unidade de Terapia Intensiva infantil, com insuficiência renal aguda e sepse de provável foco pulmonar. O paciente encontrava-se sem acesso venoso central, que foi conseguido pelo médico  intensivista com punção de veia jugular interna direita, e então encaminhado para realização de tomografia computadorizada de tórax com contraste intravenoso. Imediatamente após a infusão do meio de contraste iodado, a criança apresentou piora clínica e foi imediatamente levada de volta à unidade de terapia infantil, sendo constatada a equipe de cirurgia torácica

  1. (UFT 2014) Diante do quadro de derrame pericárdico com tamponamento cardíaco e consequente parada cardíaca, qual a primeira manobra que deve ser realizada, dentre as alternativas abaixo? 

(A) Massagem cardíaca externa 
(B) Drenagem pleural bilateral 
(C) Infusão de Adrenalina em bolus 
(D) Punção de Marfan 
(E) Drenagem pleural direita 

  1. (UFT 2014) O que provavelmente aconteceu na passagem do acesso venoso central? 

(A) O cateter perfurou a veia subclávia direita e depois o pericárdio através do espaço pleural direito. 
(B) O cateter perfurou o coração e o contraste foi injetado no espaço pericárdico. 
(C) O cateter perfurou a veia jugular e encheu a pleura de líquido que migrou para o pericárdio. 
(D) A veia jugular e a veia subclávia direita se romperam e encheram o espaço pericárdico de sangue. 
(E) A veia jugular esquerda e a veia jugular direita se romperam e encheram o espaço pericárdico de sangue.

  1.  (UFG 2011)A via preferencial de punção venosa central para cateter de hemodiálise é a veia

(A) subclávia. 
(B) jugular interna. 
(C) femoral. 
(D) jugular externa.

  1. (UNIRIO 2017) Uma criança de três anos de idade, vítima de politrauma, está hipotensa. Tentou-se o acesso periférico venoso, sem sucesso. A conduta médica nesta situação é

(A) Cateterizar veia jugular interna. 
(B) Cateterizar veia femoral.
(C) Cateter intra ósseo. 
(D) Cateter venoso na subclávia. 
(E) Cateterizar veia occipital. 

  1. (AMRIGS 2014) Sobre os acessos vasculares para hemodiálise, analise as seguintes assertivas:

I. A veia jugular interna é preferida à veia subclávia para a inserção de cateteres temporários. 
II. O tempo de maturação das fístulas arteriovenosas independe se são confeccionadas com veia ou prótese vascular. 
III. O diâmetro mínimo da veia para uso em confecção de fístulas arteriovenosas é de 4 mm.

Quais estão corretas? 

(A) Apenas I. 
(B) Apenas I e II. 
(C) Apenas I e III. 
(D) Apenas II e III. 
(E) I, II e III.

RESPOSTAS:

01.D 02. B 03. B 04.C 05 .B

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Por: Pedro Miranda

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