GINA 2025: novas atualizações no manejo da asma!
Estratégia MED | Global Initiative for Asthma

GINA 2025: novas atualizações no manejo da asma!

Todos os anos, profissionais da saúde respiratória aguardam com atenção a nova versão do documento GINAGlobal Initiative for Asthma — que estabelece as principais diretrizes internacionais para o diagnóstico, tratamento e prevenção da asma. Em 2025, a atualização divulgada na primeira terça-feira de maio, no Dia Mundial da Asma, traz como tema “Tornar os Tratamentos Inalatórios Acessíveis a TODOS”, e chega com mudanças conceituais importantes, novas orientações clínicas, importantes atualizações em Pediatria e reforço no papel de biomarcadores.

Veja abaixo as mudanças que podem impactar diretamente a prática clínica, bem como as provas de residência médica.

Aproveite e confira as atualizações presentes no GINA 2024!

Asma e variabilidade do fluxo

A primeira novidade é conceitual, mas com implicações clínicas relevantes. O termo “limitação variável do fluxo expiratório”, usado para caracterizar a asma, foi substituído por “variabilidade do fluxo respiratório”.

Essa alteração reforça a ideia de que a asma é uma doença intermitente, e nem sempre o paciente apresentará limitação ao fluxo aéreo no momento da consulta. Ou seja, mesmo com uma espirometria normal fora das crises, o diagnóstico pode (e deve) ser considerado.

Biomarcadores tipo 2

O GINA 2025 destaca os biomarcadores da inflamação do tipo 2 como ferramentas valiosas na abordagem da asma. Dois deles ganham protagonismo:

  • Eosinofilia periférica: já bem conhecida na prática clínica.
  • FeNO (fração exalada de óxido nítrico): marcador sensível de inflamação eosinofílica, especialmente útil em casos de asma alérgica.

O uso desses biomarcadores é indicado em contextos como:

  • Diagnóstico com espirometria inconclusiva;
  • Monitoramento da adesão ao corticoide inalatório;
  • Avaliação do risco de exacerbações futuras.

Diagnóstico em menores de 5 anos

Crianças pequenas representam um desafio diagnóstico, já que muitas vezes não conseguem realizar espirometria. Para esses casos, o GINA reforça três pilares para o diagnóstico de asma:

  1. História clínica sugestiva: sibilância recorrente, dispneia intermitente;
  2. Ausência de explicações alternativas: como bronquiolite ou bronquiectasia;
  3. Resposta favorável ao tratamento com corticoide inalatório.

Tratamentos

Via preferencial: corticoide + formoterol

A via preferencial de tratamento continua sendo a associação de corticoide inalatório em dose baixa com formoterol, usada tanto como manutenção quanto como alívio. Essa estratégia, segundo o GINA, reduz significativamente o risco de exacerbações.

Via alternativa: uso mais criterioso do salbutamol

A via alternativa, que utiliza o SABA (salbutamol) como broncodilatador de alívio, permanece válida, mas o documento alerta para a menor evidência de benefício clínico na comparação com a via preferencial. Nessas situações, pode-se associar o uso de corticoide inalatório ao SABA, inclusive em doses aumentadas durante crises, embora com menor respaldo científico.

Uma mudança expressiva foi a remoção do uso de corticoide inalatório em dose alta na etapa 4 do tratamento. Agora, essa opção está restrita à etapa 5 e deve ser mantida por no máximo três meses, com posterior reavaliação e tentativa de redução da dose. A estratégia visa minimizar os efeitos colaterais a longo prazo.

Classificação do furoato de fluticasona

Devido à limitação de apresentações disponíveis, o GINA 2025 estabelece novos parâmetros para o furoato de fluticasona:

  • 100 mcg = dose baixa/média
  • 200 mcg = dose média/alta

Essa padronização facilita a prescrição e evita confusões com as faixas clássicas (baixa, média, alta), difíceis de aplicar nesse caso específico.

Fenoterol: broncodilatador não recomendado

O fenoterol (Berotec), por muitos anos utilizado como broncodilatador de alívio, foi oficialmente desautorizado pelo GINA 2025. O motivo? Risco aumentado de efeitos colaterais cardiovasculares, como taquicardia e mal-estar, bem como mortalidade relacionada à asma.

Com a mudança, a recomendação é clara: não utilizar fenoterol em nenhuma circunstância.

Transmissões Estratégia MED GINA 2025

Essas e outras atualizações importantes no manejo da asma em Pediatria do GINA 2025 podem ser conferidas nas transmissões completas realizadas pelos professores Juan Demolinari e Bruno Calvo, disponíveis no canal oficial do Estratégia MED no YouTube. Não deixe de acompanhar para se manter por dentro das principais mudanças e tendências na abordagem da asma!

Asma – Novo Gina 2025

Asma na Infância – GINA 2025

Caso prefira, clique no botão abaixo para ter acesso ao documento oficial GINA 2025.

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