O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) lançaram, no início de outubro, a publicação “Controle do Câncer de Mama no Brasil: Dados e Números 2025”, com informações atualizadas sobre incidência, mortalidade, fatores de risco, rastreamento e acesso ao tratamento no país.
Segundo o levantamento, o Brasil deve registrar 73.610 novos casos de câncer de mama em 2025. Em 2023, mais de 20 mil mulheres morreram em decorrência da doença, com maior concentração de óbitos nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Confira o documento completo abaixo:
Siga no texto e confira os principais achados do estudo!
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Principais dados do levantamento
Incidência de câncer de mama por região e estado
De acordo com o levantamento, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões do país, com taxas mais elevadas nas regiões Sul e Sudeste.
No Brasil, a taxa bruta é de 66,54 casos por 100 mil mulheres. Confira abaixo as taxas brutas e ajustadas de incidência por neoplasia maligna da mama, por 100 mil mulheres, estimadas para cada ano do triênio de 2023 a 2025:
Região/UF | Nº de casos | Taxa bruta | Taxa ajustada* |
---|---|---|---|
Norte | 2.410 | 24,99 | 27,73 |
Acre | 100 | 22,21 | 26,2 |
Amapá | 80 | 16,58 | 20,04 |
Amazonas | 500 | 22,77 | 28,34 |
Pará | 1.020 | 22,83 | 23,88 |
Rondônia | 320 | 35,33 | 36,99 |
Roraima | 70 | 22,09 | 27,73 |
Tocantins | 320 | 38,58 | 35,72 |
Nordeste | 15.690 | 52,2 | 42,11 |
Alagoas | 690 | 39,23 | 34,89 |
Bahia | 4.230 | 54,35 | 43,28 |
Ceará | 3.080 | 63,92 | 54,13 |
Maranhão | 1.060 | 28,76 | 28,29 |
Paraíba | 1.180 | 55,4 | 41,37 |
Pernambuco | 2.880 | 56,58 | 46,4 |
Piauí | 860 | 50,31 | 41,89 |
Rio Grande do Norte | 1.140 | 61,61 | 50,11 |
Sergipe | 570 | 46,42 | 42,11 |
Sudeste | 39.330 | 84,46 | 52,83 |
Espírito Santo | 900 | 42,2 | 32,94 |
Minas Gerais | 7.670 | 69,8 | 49,28 |
Rio de Janeiro | 10.290 | 111,83 | 70,57 |
São Paulo | 20.470 | 84,43 | 56,37 |
Sul | 11.230 | 71,44 | 41,06 |
Paraná | 3.650 | 60,76 | 41,06 |
Rio Grande do Sul | 3.720 | 62,67 | 36,6 |
Santa Catarina | 3.860 | 102,12 | 74,79 |
Centro-oeste | 4.950 | 57,28 | 47,31 |
Distrito Federal | 1.030 | 62,7 | 49,76 |
Goiás | 1.970 | 52,74 | 45,63 |
Mato Grosso | 1.040 | 57,7 | 47,51 |
Mato Grosso do Sul | 910 | 62,22 | 47,1 |
Brasil | 73.610 | 66,54 | 41,89 |
Mortalidade por câncer de mama
Em 2023, o Brasil registrou mais de 20 mil óbitos por câncer de mama em mulheres. A região Sudeste concentrou 9.706 mortes, seguida pelo Nordeste (4.517). O estado de São Paulo respondeu por 51% das mortes da região Sudeste, enquanto a Bahia representou cerca de 30% dos óbitos nordestinos.
Confira os estados com os maiores números de óbitos por câncer de mama em mulheres no ano de 2023:
Produção de mamografias no SUS
Em 2024, foram realizadas 4,4 milhões de mamografias no Sistema Único de Saúde (SUS). O número representa recuperação após a queda de 41% em 2020, durante a pandemia de Covid-19.
O Sudeste respondeu por quase metade dos exames (2,1 milhões), seguido pelo Nordeste (1 milhão) e Sul (777 mil). Confira abaixo como ficou esse número segundo procedimento registrado no Brasil e em suas regiões no ano de 2024:
Região | Mamografia* | Mamografia de rastreamento | Total |
---|---|---|---|
Norte | 10.308 | 147.668 | 157.976 |
Nordeste | 49.740 | 1.023.499 | 1.073.239 |
Sudeste | 235.718 | 1.934.224 | 2.169.942 |
Sul | 69.544 | 708.260 | 777.804 |
Centro-oeste | 20.118 | 206.518 | 226.636 |
Brasil | 385.428 | 4.020.169 | 4.405.597 |
No mesmo período, 9.184 mamografias foram realizadas em homens, tanto para diagnóstico quanto para rastreamento.
Acesso e tratamento
Entre 2020 e 2024, a maior parte das pacientes com diagnóstico de câncer de mama no Brasil não iniciou o tratamento dentro do prazo de 60 dias após a confirmação da doença, conforme determina a Lei nº 12.732/2012.
De acordo com dados do Painel-Oncologia, que monitora o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), 2022 foi o ano com o pior desempenho, quando apenas 39,3% dos casos começaram a ser tratados dentro desse prazo. Nos anos seguintes, o cenário mostrou melhora gradual, chegando a 47,8% em 2024, o melhor resultado do período analisado — embora ainda indique que mais da metade das pacientes aguardou mais de dois meses para começar o tratamento.
Entre os estados, o Paraná lidera o ranking nacional, com 60,3% dos casos tratados em até 60 dias, seguido por Espírito Santo (52,3%), Piauí (51,1%) e Sergipe (50,9%). Já o Amapá apresentou o menor percentual do país, com apenas 30,6% das pacientes iniciando o tratamento dentro do prazo.
Confira a seguir o percentual de casos de câncer de mama tratados em até 60 dias, por Unidade da Federação, no Brasil entre 2020 e 2024:
Avanços no rastreamento e diagnóstico precoce
O relatório também mostra tendência de redução da mortalidade entre mulheres de 40 a 49 anos, faixa etária agora incluída nas novas recomendações de rastreamento do Ministério da Saúde.
Saiba mais em: Mamografia a partir dos 40 anos: Brasil amplia rastreamento do câncer de mama no SUS
Em 2024, o SUS realizou 4,4 milhões de mamografias, sendo 2,6 milhões em mulheres de 50 a 74 anos, público-alvo prioritário.
Fatores de risco e comportamento da população feminina
O levantamento também analisou aspectos comportamentais associados à doença:
- 56% das mulheres estão acima do peso, com IMC ≥ 25 kg/m² (Menor porcentagem no Norte, com 53,5% e a maior no Sul, com 59,6% das mulheres acima do peso);
- 20% consomem álcool regularmente (Sudeste: 23,6% e Norte: 11,6%);
- 74% são sedentárias, sendo que apenas 26,4% praticam o mínimo semanal indicado.
O câncer de mama
A neoplasia da mama é uma das principais neoplasias da atualidade, representando cerca de 25% dos novos casos de câncer em mulheres e a maior causa de morte por câncer no país. Essa elevada incidência e importância o tornam de enorme relevância para intervenções que alterem seu curso natural.
Confira: ResuMED de Câncer de mama – classificação, tratamento, tipos e muito mais!
Rastreamento
O único exame validado para o rastreamento do câncer de mama é a mamografia, considerada o padrão ouro para o diagnóstico precoce. A ressonância magnética e a ultrassonografia são exames complementares utilizados como apoio no processo diagnóstico.
Não perca: ResuMED de rastreamento do câncer de mama
Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou um conjunto de ações voltadas ao fortalecimento do diagnóstico e tratamento do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as novidades está a ampliação do acesso à mamografia para mulheres a partir dos 40 anos, mesmo sem sinais ou sintomas da doença, e a incorporação de medicamentos modernos ao tratamento oncológico.
Veja também: Resumo de Exame Físico das Mamas: semiologia e mais!
Investimentos e novas ações no Outubro Rosa 2025
Neste Outubro Rosa 2025, as ações do Ministério da Saúde se integram ao programa Agora Tem Especialistas, que prioriza a oncologia e prevê a instalação de 121 novos aceleradores lineares até 2026, além da atuação de 27 carretas da Saúde da Mulher em 22 estados e da distribuição de novos medicamentos modernos para o tratamento do câncer de mama.
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