Resumo de Epiglote: anatomia, função e mais!

Resumo de Epiglote: anatomia, função e mais!

Olá, meu Doutor e minha Doutora! A epiglote, embora muitas vezes seja uma figura discreta em nossos estudos, desempenha um papel fundamental na proteção do sistema respiratório durante o processo digestivo, impedindo que os alimentos entrem nas vias respiratórias durante a deglutição. 

Vem com o Estratégia MED conhecer a anatomia e função da epiglote. Ao final, separei uma questão de prova sobre a inflamação da epiglote para respondermos juntos!

O que é a Epiglote 

A epiglote é uma estrutura anatômica localizada na parte superior da laringe. Sua função principal é proteger as vias respiratórias durante a deglutição, evitando que alimentos e líquidos entrem na traqueia e nos pulmões.

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Anatomia da Epiglote 

Localização: A epiglote está situada na parte superior da laringe, logo atrás da língua. 

Forma e Estrutura: Tem a forma de uma pequena cartilagem em forma de folha, composta principalmente de tecido cartilaginoso. 

Mobilidade: A epiglote é móvel e pode se mover para cima e para baixo. Durante a deglutição, ela se move para baixo, cobrindo a abertura da laringe. 

Função: Sua função primária é agir como uma “porta” que fecha temporariamente as vias respiratórias durante a deglutição, garantindo que o alimento seja direcionado para o esôfago e não para a traqueia. 

Relação com as Cordas Vocais: Está localizada acima das cordas vocais, e sua posição é crítica para garantir uma passagem eficiente de ar durante a respiração e a fala.

Anatomia da laringe com destaque a epiglote. E. Marieb, anatomia humana 7ª ed.

Função da Epiglote 

A principal função da epiglote é proteger as vias respiratórias durante a deglutição. A deglutição pode ser dividida em: 

  1. estágio voluntário, que inicia o processo de deglutição; 
  2. estágio faríngeo, que é involuntário, correspondente à passagem do alimento pela faringe até o esôfago; e 
  3. estágio esofágico, outra fase involuntária que transporta o alimento da faringe ao estômago.

Durante a fase faríngea, a laringe inteira é empurrada para cima, e a epiglote inclina-se para baixo, cobrindo e vedando a entrada da laringe. Esse movimento impede que os alimentos e líquidos entrem nas vias respiratórias (traqueia e pulmões), direcionando-os para o esôfago e sistema digestivo. A entrada na laringe de qualquer coisa que não seja ar inicia o reflexo da tosse, que expele a substância e impede que ela avance para os pulmões. 

Movimento da epiglote no processo de deglutição. Foerster Interactive Arts.

Epiglotite 

A epiglotite refere-se à inflamação da epiglote e estruturas supraglóticas adjacentes. É frequentemente causada por uma infecção bacteriana, sendo o Haemophilus influenzae tipo B (Hib) a causa mais comum. No entanto, outros agentes patogênicos, como Streptococcus pneumoniae e Streptococcus pyogenes, também podem desencadear a condição. É importante observar que a introdução generalizada da vacina contra o Hib, como parte do calendário de imunização infantil, reduziu significativamente os casos de epiglotite relacionados a essa bactéria em muitos países.

Além de infecções bacterianas, a epiglotite pode ser desencadeada por irritação ou lesão na epiglote. Fatores não infecciosos, como trauma físico, inalação de substâncias tóxicas ou queimaduras, também podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição. 

A epiglotite geralmente se apresenta de duas maneiras:

  • Dor de garganta progressiva e grave ao longo de vários dias; ou 
  • Início abrupto de febre, estridor e desconforto respiratório ao longo de 24 horas.

Adultos com epiglotite apresentam dor de garganta intensa, disfagia, sialorreia e dor cervical anterior. As crianças geralmente apresentam febre, estridor, sialorreia, desconforto respiratório, ansiedade e a postura característica de “cheirar”

O diagnóstico da epiglotite envolve histórico clínico, exame físico e, ocasionalmente, radiografias ou endoscopia laríngea. Trata-se de uma emergência médica devido ao risco de obstrução das vias aéreas.

O tratamento imediato geralmente inclui intubação traqueal ou traqueostomia para garantir a respiração. Antibióticos são administrados para tratar a infecção subjacente, frequentemente causada por Haemophilus influenzae tipo B (Hib). Sem tratamento, a epiglotite pode evoluir para obstrução das vias aéreas com risco de vida.

Epiglotite

Cai na Prova 

Acompanhe uma questão feita pela Universidade do Estado do Pará – UEPA SANTARÉM, sobre epiglotite (disponível no banco de questões do Estratégia MED): 

A epiglotite aguda é uma infecção grave supraglótica da epiglote. O agente etiológico mais frequente para o quadro é: 

A. Moraxella 

B. Virus parainfluenza 

C. Pneumococo 

D. Haemophilus influenzae tipo B 

E. Staphilococus

Comentário: como vimos, o principal agente etiológico da epiglotite é o velho e conhecido Haemophilus influlenzae tipo B. Portanto, alternativa D.

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Veja também: 

Referências Bibliográficas 

  1. Woods, CR. Epiglottitis (supraglottitis): Clinical features and diagnosis. UptoDate, 2022. Disponível em: Uptodate
  1. GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 13º ed. Rio De Janeiro: Editora Elsevier Ltda, 2017. 
  2. Marieb, Elaine N.; Wilhelm, Patricia Brady; Mallatt, Jon. Anatomia humana. 7. SÃO PAULO: Pearson Education, 2014, 888 p.
  3. Provoz Habilidades Comunicativas. Deglutição. Youtube, 16 mar. 2022
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