Olá, meu Doutor e minha Doutora! A epiglote, embora muitas vezes seja uma figura discreta em nossos estudos, desempenha um papel fundamental na proteção do sistema respiratório durante o processo digestivo, impedindo que os alimentos entrem nas vias respiratórias durante a deglutição.
Vem com o Estratégia MED conhecer a anatomia e função da epiglote. Ao final, separei uma questão de prova sobre a inflamação da epiglote para respondermos juntos!
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O que é a Epiglote
A epiglote é uma estrutura anatômica localizada na parte superior da laringe. Sua função principal é proteger as vias respiratórias durante a deglutição, evitando que alimentos e líquidos entrem na traqueia e nos pulmões.
Anatomia da Epiglote
Localização: A epiglote está situada na parte superior da laringe, logo atrás da língua.
Forma e Estrutura: Tem a forma de uma pequena cartilagem em forma de folha, composta principalmente de tecido cartilaginoso.
Mobilidade: A epiglote é móvel e pode se mover para cima e para baixo. Durante a deglutição, ela se move para baixo, cobrindo a abertura da laringe.
Função: Sua função primária é agir como uma “porta” que fecha temporariamente as vias respiratórias durante a deglutição, garantindo que o alimento seja direcionado para o esôfago e não para a traqueia.
Relação com as Cordas Vocais: Está localizada acima das cordas vocais, e sua posição é crítica para garantir uma passagem eficiente de ar durante a respiração e a fala.
Função da Epiglote
A principal função da epiglote é proteger as vias respiratórias durante a deglutição. A deglutição pode ser dividida em:
- estágio voluntário, que inicia o processo de deglutição;
- estágio faríngeo, que é involuntário, correspondente à passagem do alimento pela faringe até o esôfago; e
- estágio esofágico, outra fase involuntária que transporta o alimento da faringe ao estômago.
Durante a fase faríngea, a laringe inteira é empurrada para cima, e a epiglote inclina-se para baixo, cobrindo e vedando a entrada da laringe. Esse movimento impede que os alimentos e líquidos entrem nas vias respiratórias (traqueia e pulmões), direcionando-os para o esôfago e sistema digestivo. A entrada na laringe de qualquer coisa que não seja ar inicia o reflexo da tosse, que expele a substância e impede que ela avance para os pulmões.
Epiglotite
A epiglotite refere-se à inflamação da epiglote e estruturas supraglóticas adjacentes. É frequentemente causada por uma infecção bacteriana, sendo o Haemophilus influenzae tipo B (Hib) a causa mais comum. No entanto, outros agentes patogênicos, como Streptococcus pneumoniae e Streptococcus pyogenes, também podem desencadear a condição. É importante observar que a introdução generalizada da vacina contra o Hib, como parte do calendário de imunização infantil, reduziu significativamente os casos de epiglotite relacionados a essa bactéria em muitos países.
Além de infecções bacterianas, a epiglotite pode ser desencadeada por irritação ou lesão na epiglote. Fatores não infecciosos, como trauma físico, inalação de substâncias tóxicas ou queimaduras, também podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição.
A epiglotite geralmente se apresenta de duas maneiras:
- Dor de garganta progressiva e grave ao longo de vários dias; ou
- Início abrupto de febre, estridor e desconforto respiratório ao longo de 24 horas.
Adultos com epiglotite apresentam dor de garganta intensa, disfagia, sialorreia e dor cervical anterior. As crianças geralmente apresentam febre, estridor, sialorreia, desconforto respiratório, ansiedade e a postura característica de “cheirar”.
O diagnóstico da epiglotite envolve histórico clínico, exame físico e, ocasionalmente, radiografias ou endoscopia laríngea. Trata-se de uma emergência médica devido ao risco de obstrução das vias aéreas.
O tratamento imediato geralmente inclui intubação traqueal ou traqueostomia para garantir a respiração. Antibióticos são administrados para tratar a infecção subjacente, frequentemente causada por Haemophilus influenzae tipo B (Hib). Sem tratamento, a epiglotite pode evoluir para obstrução das vias aéreas com risco de vida.
Cai na Prova
Acompanhe uma questão feita pela Universidade do Estado do Pará – UEPA SANTARÉM, sobre epiglotite (disponível no banco de questões do Estratégia MED):
A epiglotite aguda é uma infecção grave supraglótica da epiglote. O agente etiológico mais frequente para o quadro é:
A. Moraxella
B. Virus parainfluenza
C. Pneumococo
D. Haemophilus influenzae tipo B
E. Staphilococus
Comentário: como vimos, o principal agente etiológico da epiglotite é o velho e conhecido Haemophilus influlenzae tipo B. Portanto, alternativa D.
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Referências Bibliográficas
- Woods, CR. Epiglottitis (supraglottitis): Clinical features and diagnosis. UptoDate, 2022. Disponível em: Uptodate
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- Marieb, Elaine N.; Wilhelm, Patricia Brady; Mallatt, Jon. Anatomia humana. 7. SÃO PAULO: Pearson Education, 2014, 888 p.
- Provoz Habilidades Comunicativas. Deglutição. Youtube, 16 mar. 2022