Resumo de Pleura: anatomia, função e mais!

Resumo de Pleura: anatomia, função e mais!

Olá, meu Doutor e minha Doutora! A pleura é uma importante estrutura presente no sistema respiratório e entender sua anatomia e fisiologia é fundamental no momento de identificar as patologias da pleura, como a pleurite e o derrame pleural. 

Vem com o Estratégia MED conhecer sua divisão e função. Ao final, separei uma questão de prova para respondermos juntos sobre uma patologia frequente envolvendo a pleura! 

O que é a Pleura

A pleura é um conjunto de membranas serosas que revestem a cavidade torácica e os pulmões. Composta por duas camadas, a pleura visceral adere à superfície dos pulmões, enquanto a pleura parietal reveste a parede interna da caixa torácica. Entre essas camadas, há uma fina camada de líquido pleural, que atua como lubrificante, permitindo a movimentação suave dos pulmões durante a respiração. 

A pleura atua na prevenção do atrito entre os pulmões e a parede torácica, facilitando a expansão e contração pulmonar. Distúrbios, como a pleurite ou o derrame pleural, podem afetar a função respiratória, destacando a importância da pleura no processo respiratório e na proteção dos pulmões.

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Pleura visceral e parietal

Pleura Parietal

A pleura parietal é a camada mais externa da pleura e cobre a superfície interna da parede torácica, a superfície superior do diafragma e as superfícies laterais do mediastino, proporcionando uma cobertura contínua e resistente. A pleura parietal desempenha um papel na estabilização dos pulmões, mantendo sua posição adequada na cavidade torácica. Além disso, contribui para a produção do líquido pleural.

A vascularização da pleura parietal também a torna sensível à dor, sendo assim, distúrbios como a pleurite, que envolvem inflamação dessa camada, podem causar desconforto significativo durante a respiração. Em resumo, a pleura parietal é essencial para a estabilidade e proteção dos pulmões, além de desempenhar um papel na eficiência do processo respiratório.

Pleura Visceral 

Já a pleura visceral é a camada mais interna da pleura e se adere diretamente à superfície externa dos pulmões, proporcionando uma cobertura contínua e ajustada. Essa camada desempenha um papel na promoção da expansão e contração dos pulmões durante a respiração. Sua estrutura fina e elástica permite que os pulmões se movam suavemente na cavidade torácica, acompanhando os ciclos respiratórios.

Além disso, a pleura visceral contribui para a sensação de dor quando inflamada, como condições como a pleurite. A interação entre a pleura visceral e a pleura parietal, juntamente com o líquido pleural presente no espaço entre elas, é fundamental para garantir a integridade estrutural dos pulmões e a eficiência do processo respiratório.

Pleura parietal e visceral com destaque ao derrame pleural.

Líquido Pleural 

O líquido pleural é uma substância transparente e lubrificante que preenche a cavidade pleural. Sua produção aproximada é de 1L/dia, sendo a pleura parietal responsável por praticamente toda a produção e reabsorção do fluido pleural.

O líquido pleural atua como um lubrificante e reduz o atrito entre as superfícies pulmonares e a parede torácica durante os movimentos respiratórios, possibilitando uma expansão e contração pulmonar suave. Além disso, o líquido pleural contribui para manter a aderência entre as camadas pleurais, assegurando a coesão necessária para uma respiração eficiente. Sua presença também é importante para manter a pressão negativa na cavidade pleural para a expansão pulmonar durante a inspiração.

Distúrbios que afetam a quantidade ou composição do líquido pleural, como neoplasias e infecções, podem alterar sua composição e aspecto que pode ser obtido através da toracocentese

Alterações no aspecto do líquido pleural: leitoso, amarelo citrino, sanguinolento, purulento e amarronzado.

Cai na Prova 

Acompanhe comigo uma questão feita pela Universidade Estadual de Londrina – UEL (Hospital Universitário da UEL) sobre derrame pleural (disponível no banco de questões do Estratégia MED): 

O exame físico para a identificação de derrame pleural, sempre teve características facilmente identificáveis, apesar de ser cada vez menos apreciado e utilizado pelos médicos em tempos atuais, principalmente pelo surgimento e disseminação dos exames radiológicos como radiografia de tórax ou mais recentemente a tomografia computadorizada de tórax. A boa prática da medicina deve primar por um bom exame físico em qualquer patologia, pois, além de ser de baixo custo, estreita a relação médico-paciente, promovendo aproximação e contato humano. Em relação aos achados esperados no exame físico de um paciente com derrame pleural volumoso, assinale a alternativa correta. 

A. Percussão com macicez, palpação do frêmito toracovocal diminuído, ausculta com murmúrio vesicular aumentado, ausculta da voz com broncofonia 

B. Percussão com macicez, palpação do frêmito toracovocal diminuído, ausculta da voz com murmúrio vesicular normal, ausculta da voz com pectorilóquia. 

C. Percussão com macicez, palpação do frêmito toracovocal diminuído, ausculta com murmúrio vesicular diminuído ou abolido, ausculta da voz com egofonia. 

D. Percussão timpânica, palpação do frêmito toracovocal diminuído, ausculta da voz com murmúrio vesicular diminuído ou abolido, ausculta da voz com egofonia. 

E. Percussão com timpanismo, palpação do frêmito toracovocal aumentado, ausculta com murmúrio vesicular normal, ausculta da voz com broncofonia.

Comentário: Ao exame físico, o paciente com derrame pleural volumoso apresentará percussão com macicez, palpação do frêmito toracovocal diminuído, ausculta com murmúrio vesicular diminuído ou abolido, ausculta da voz com egofonia. Portanto, alternativa C.

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Veja também: 

Referências Bibliográficas 

  1. H. ROSS, Michael; PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia: texto e atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
  1. GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 13º ed. Rio De Janeiro: Editora Elsevier Ltda, 2017. 
  1. Marieb, Elaine N.; Wilhelm, Patricia Brady; Mallatt, Jon. Anatomia humana. 7. SÃO PAULO: Pearson Education, 2014, 888 p.
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