Quer aprender mais sobre a bronquiolite, qual seu quadro clínico e como diagnosticar e tratar? Acompanhe esse artigo que o Estratégia MED preparou para você!
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Dicas do Estratégia MED para provas
Caso queira maximizar seu tempo, sugerimos que foque nos seguintes tópicos:
- Epidemiologia e quadro clínico da bronquiolite
- Diagnóstico
- Tratamento
Definição de bronquiolite
A bronquiolite é uma infecção do trato respiratório inferior de etiologia viral, sendo o vírus sincicial respiratório – VSR – o principal agente, e é mais comum em crianças pequenas. Essa patologia leva à obstrução inflamatória de pequenas vias aéreas, os bronquíolos.
Epidemiologia e fisiopatologia da bronquiolite
A transmissão ocorre por contato direto ou próximo a secreções contaminadas, como gotículas e fômites. É bastante comum que o contágio ocorra na escola ou creche. A incubação é de 2 a 8 dias e o período de transmissão de 3 a 8 dias.
Além do VSR, outros agentes etiológicos que podem ser citados são o influenza, rinovírus, parainfluenza, adenovírus, metapneumovírus, bocavirus humano, entre outros.
Cerca de 11% das crianças desenvolvem bronquiolite no primeiro ano de vida, e 6% no segundo. Em crianças com menos de 1 ano, o risco de ser internado pela doença é de 2%.
O VSR é inoculado pela mucosa nasal e após uma incubação assintomática, a criança desenvolve sintomas de infecção de vias aéreas superiores. Com o tempo, o vírus pode se disseminar para as vias aéreas inferiores.
A lesão dessas vias mais baixas ocorre devido ao efeito citopático viral direto e pelos mecanismos de resposta imunológica, que levam a inflamação dos bronquíolos, o que pode causar edema e, consequentemente, sua obstrução.
Manifestações clínicas da bronquiolite
É sempre importante lembrar da epidemiologia da bronquiolite, pois ela afeta crianças com menos de 2 anos de idade geralmente. Assim, em casos com quadros clínicos semelhantes, é necessário pensar em outros diagnósticos.
Os principais sintomas da bronquiolite são:
- Febre;
- Tosse;
- Taquipneia;
- Tiragem subcostal, intercostal ou supraclavicular; e
- Crepitações e sibilância.
Sempre é necessário avaliar a gravidade da bronquiolite, de maneira que alguns sinais como recusa de alimentação, frequência respiratória acima de 70 incursões por minuto, batimento de asa de nariz e gemidos, saturação de O2 abaixo de 88%, cianose e comportamento letárgico são preditores de gravidade.
Diagnóstico da bronquiolite
O diagnóstico da bronquiolite é clínico, entretanto alguns exames complementares podem ser importantes nas formas mais graves. Na radiografia de tórax pode haver hiperinsuflação difusa, hipertransparência, retificação das cúpulas diafragmáticas e broncograma aéreo. É possível observar em alguns casos áreas de atelectasia.
Exames laboratoriais não devem ser solicitados com finalidade diagnóstica e a identificação do agente etiológico por qualquer método disponível não tem indicação de rotina, tendo utilidade apenas para vigilância epidemiológica.
Tratamento da bronquiolite
Na maioria dos casos a evolução da bronquiolite é benigna, de maneira que não são necessárias maiores intervenções. Os pacientes geralmente não precisam de internação hospitalar e o tratamento na residência é apenas sintomático, com lavagem nasal, controle de temperatura, hidratação e nutricional.
Nos pacientes internados, é possível que seja necessária a hidratação por via parenteral, suporte respiratório com oxigênio por cânula e, em casos mais raros, ventilação mecânica.
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Referências bibliográficas:
- Tratado de pediatria : Sociedade Brasileira de Pediatria /[organizadores Dennis Alexander Rabelo Burns… [et al.]]. – 4. ed.- Barueri, SP : Manole, 2017.