Câncer de Boca: tipos, sintomas e muito mais!

Câncer de Boca: tipos, sintomas e muito mais!

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O que é o câncer de boca?

Câncer de boca é uma neoplasia maligna na região da cavidade oral ou na orofaringe. Essa doença pode estar presente na língua, assoalho da boca, mucosa bucal, palato, dentes, gengivas e nos lábios, ou seja, nos componentes da cavidade oral. O câncer também pode acometer a base da língua, os arcos palatinos e a parede posterior da faringe, a região da orofaringe.

A doença câncer de boca é bastante ampla e compreende um grande número de neoplasias com características e especificações diferentes. Dentre todos os tipos, o mais comum é o carcinoma de células escamosas, responsável por 90% dos casos da doença, que apresenta risco de metástases locorregionais. Sua disseminação raramente ocorre à distância .

Na União Europeia a estimativa é que haja quase 70.000 casos novos de câncer de boca todos os anos. O Brasil é o terceiro país do mundo mais acometido por essa doença, com mais de 15.000 casos novos por ano, em 2019, essa doença causou a morte de mais de 6.000 no país.

Os principais sintomas e sinais de alerta são:

  • Lesões na boca que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem ser consideradas pré-malignas, ou seja, podem originar o câncer;
  • Rouquidão constante, ou sensação de corpo estranho;
  • Nódulos na região do pescoço; e
  • Placas eritematosas ou esbranquiçadas na cavidade oral.

Estágio do câncer de boca

O sistema TNM é o mais utilizado para avaliar o prognóstico dessa neoplasia, ele é uma escala simples com três variáveis analisadas: tumor primário (T), linfonodos afetados (N) e a ocorrência de metástase (M).

Em relação ao tumor primário, as principais características que devem ser levadas em conta são o tamanho e a invasão de tecidos próximos. Dessa forma, pode variar de TX ou T0, quando não há evidência de tumor primário, até T4b, quando o tumor está presente e já invadiu ossos cranianos.

A classificação quanto ao comprometimento de linfonodos é parecida: de N0, quando não há metástase para os linfonodos regionais, até N3, indicando o comprometimento de um linfonodo com mais de 6 cm. Por último, quanto à presença de metástase, o tumor pode apresentar metástases distantes ou não, respectivamente M1 e M0.

Feita essa classificação inicial, pode-se avaliar o estadiamento do tumor. Para isso, utiliza-se uma nova escala que varia de 0 a IVC, do melhor para o mais reservado prognóstico. Vale ressaltar que quando há metástase comprovada, o grau de estadiamento tumoral é IVC.

Quais os tipos de câncer de boca?

O principal tipo de câncer de boca é o carcinoma de células escamosas também chamado de carcinoma epidermóide ou espinocelular —, que abrange mais de 90% dos casos de tumores nessa região. Entretanto, os tumores podem ter origem no epitélio, tecido conjuntivo, glândulas, melanócitos ou por metástase de um tumor distante.

Os tipos menos comuns de câncer de boca são os carcinomas verrucosos, carcinomas das glândulas salivares e linfomas.

Outra classificação dos tipos de câncer de boca está relacionada ao tipo da lesão pré-maligna que deu origem ao tumor. As mais comuns são: leucoplasia, eritroplasia e fibrose submucosa.

Quais as causas do câncer de boca?

Não existe uma causa bem estabelecida para os tumores da boca. Entretanto, alguns hábitos podem tornar o indivíduo mais propenso a desenvolver a doença. Os principais fatores de risco são:

  • Tabagismo, que pode ser desde cigarro comum ao narguilé e charutos. Existe uma relação entre maior quantidade de cigarros fumados com o aumento do risco de câncer;
  • Exposição ao sol, estímulo comum a várias outras neoplasias, aumentando o risco do câncer no lábio;
  • Infecções por HPV estão relacionadas a câncer de orofaringe;
  • Consumo frequente de bebida alcoólica;
  • Índice de gordura corporal elevado, assim como má alimentação e sedentarismo; e
  • Exposição a algumas substâncias como alcatrão, arsênio e sílica.

Tratamento

A ressecção cirúrgica é o tratamento mais indicado para o câncer de boca, principalmente o carcinoma de células escamosas, mas depende do estadiamento. O tumor retirado precisa passar por uma análise patológica, que vai indicar se as margens cirúrgicas foram suficientes, o grau de desenvolvimento e invasão histopatológica, informações úteis para a continuidade do tratamento.

A radioterapia é um importante adjuvante no processo de tratamento de tumores mais graves, que pode vir acompanhada por quimioterapia. Essa abordagem pós-cirúrgica é indicada, principalmente, para pacientes que apresentam risco elevado de recorrência tumoral regional, representados por tumores primários com características T3 ou T4, N2 ou N3 e M1.

Diagnóstico

O início do diagnóstico está em um bom exame clínico, com correta palpação e visualização de toda a cavidade oral e orofaringe, buscando lesões que não cicatrizam, nódulos ou regiões mais endurecidas e com coloração alterada. Diante da suspeita do câncer de boca, uma biópsia deve ser solicitada, fechando o diagnóstico de neoplasia.

Além do exame físico e da biópsia, um exame de imagem, como tomografia, pode ser solicitado, principalmente para a visualização precisa do tumor, o que ajuda o cirurgião no planejamento da ressecção.

Prevenção

A principal forma de prevenção é a mudança dos hábitos de vida. Parar de fumar e de ingerir bebidas alcoólicas são as formas mais importantes de prevenção. Além disso, alimentação adequada, diminuição da exposição solar, uma correta higiene bucal e o uso de preservativos durante o sexo oral são fatores que podem ajudar na prevenção do câncer de boca.

A presença de feridas que não cicatrizam na região da cavidade oral e orofaringe são um sinal de alerta para procurar um médico. O diagnóstico de tais lesões pré-malignas é uma importante forma de prevenção.

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