Colecistite: sintomas, causas e muito mais!

Colecistite: sintomas, causas e muito mais!

Quer descobrir tudo sobre a colecistite? O Estratégia MED separou para você as principais informações sobre o assunto. Acompanhe este texto e descubra!

O que é Colecistite?

Colecistite é a inflamação da vesícula biliar, normalmente em decorrência da obstrução do ducto cístico e é também uma das principais causas de colecistectomia – retirada cirúrgica da vesícula biliar. 

Colecistite aguda

Colecistite aguda

A colecistite aguda é causada por obstruções do ducto cístico, geralmente provocadas por litíase vesicular ou lama biliar – espessamento da bile por incapacidade do esvaziamento completo da vesícula biliar. Outras causas mais raras são tumores, pólipos, parasitas ou corpos estranhos na vesícula biliar. 

Na presença de obstrução, a produção de muco pela vesícula biliar aumenta a pressão interna do órgão, que pode levar a estase venosa e arterial, seguidas de isquemia e necrose do tecido, o que pode resultar em complicações como perfuração do órgão ou empiema – presença de secreção purulenta dentro da vesícula. 

A colecistite aguda pode também ser acalculosa e nessa forma há alta taxa de complicações e mortalidade. Decorre de estase biliar e isquemia da mucosa vesicular, entretanto a fisiopatologia não é bem esclarecida. É mais comum em pacientes previamente doentes em situação clínica crítica. 

Colecistite crônica

Trata-se de uma condição que acomete mais mulheres e é caracterizada por episódios repetidos de distensão e inflamação vesicular, que gradualmente causa fibrose e disfunção desse órgão. Ocorre por obstrução intermitente do ducto cístico.

Sintomas da colecistite

O principal sintoma da colecistite é a dor abdominal contínua em quadrante superior direito e epigástrio. Pode se associar a náuseas, vômitos, febre e perda de apetite. 

Diagnóstico

O diagnóstico é orientado pela história clínica compatível, associado ao exame físico, laboratorial e de imagem condizente com a patologia. Um sinal que deve ser pesquisado durante o exame abdominal é o de Murphy, que consiste em pedir ao paciente inspirar plenamente enquanto o médico palpa profundamente a vesícula biliar. Se o paciente suspender a inspiração pela dor, o sinal positivo é considerado. 

O exame de imagem mais acessível para avaliação da vesícula biliar é a ultrassonografia que pode mostrar o espessamento das paredes da vesícula biliar, cálculos biliares ou lama e líquido pericolecístico. Além disso, pode-se solicitar hemograma completo e proteína C-reativa para avaliação. 

A colecistite aguda é diagnosticada conforme os critérios de Tóquio, que seguem abaixo:

A –  Sinais de inflamação local
1 – Sinal de Murphy positivo
2 – Massa, dor, sensibilidade do quadrante superior direito
B – Sinais sistêmicos
1 – Febre
2 – PCR elevada
3 – Leucocitose
C – Achados de imagem
1 – Sinal de Murphy ecográfico 
2 – Espessamento da parede vesicular
3 – Distensão vesicular
4 – Cálculo impactado
5 – Coleção pericolecística
6 – Edema da parede vesicular
Suspeita diagnóstica: um item em A + um item em B
Diagnóstico definitivo: um item em A + um item em B + C

Segundo o consenso de Tokyo, a colecistite pode ser leve ou grau I, moderada ou grau II e grave ou grau III. O grau I é aquele que não atende aos critérios dos demais níveis de gravidade.

Já o grau II deve preencher um dos seguintes critérios:

  1. Glóbulos brancos acima de 18.000/mm3;
  2. Massa dolorosa palpável no quadrante superior direito;
  3. Sintomas por mais de 72 horas; e
  4. Marcador de inflamação local como gangrena, colecistite enfisematosa, pericolecístico, abscesso hepático e coleperitônio.

Por fim, o grau III precisa incluir uma das seguintes disfunções:

  1. Cardiovascular: hipotensão no tratamento com dopamina maior ou igual a 5 µg/kg/min ou qualquer dose de noradrenalina;
  2. Neurológica: rebaixamento do nível de consciência;
  3. Respiratória: PaO2/FiO2 abaixo de 300;
  4. Renal: oligúria, creatinina sérica acima de 2mg/dL;
  5. Hepática: INR>1,5; e
  6. Hematológica: plaquetas <100.000/mm3.

Tratamento

Em pacientes grau I, a colecistectomia videolaparoscópica precoce é o tratamento de eleição. Já nos de grau II, se houver inflamação local grave, a colecistostomia percutânea ou cirúrgica pode ser preferida, pois drena a bile, o que reduz a pressão no interior da vesícula. Após a melhora desse paciente, realiza-se a colecistectomia. Já no grau III, inicialmente é preciso controlar as disfunções orgânicas e realiza-se a colecistostomia. Posteriormente, a colecistectomia será realizada, caso possível.

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