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O que é a coqueluche?
A coqueluche é uma infecção aguda do trato respiratório causada pela bactéria da espécie Bordetella pertussis – bacilos gram-negativos. Tal microrganismo produz diversas toxinas capazes de paralisar os cílios do epitélio respiratório, causando inflamação e dificultando o funcionamento do sistema mucociliar, inibindo a depuração das bactérias e produzir a tosse característica dessa doença.
Transmissão
A transmissão ocorre por gotículas respiratórias, de maneira que a tosse é uma importante fonte de contaminação para terceiros. Trata-se de uma doença endêmica, de distribuição universal e cuja notificação é compulsória, com o objetivo de se controlar surtos da doença.
Sintomas da coqueluche
A coqueluche manifesta sintomas principalmente em bebês e crianças, de maneira que pode ser assintomática ou pouco sintomática em adolescentes. O período de incubação da doença é de 7 a 15 dias e é dividido em três fases clínicas – catarral, paroxística e convalescente.
A fase catarral dura de 1 a 2 semanas e possui sintomas bastante inespecíficos, tais como, anorexia, espirros, lacrimejamento, coriza, mal-estar geral, febre baixa e tosse seca que inicia leve e aumenta de frequência e intensidade, especialmente à noite.
Já a paroxística dura cerca de um mês e a tosse ocorre em surtos, sendo os piores pela noite, além de ser resistente a tratamentos. Trazem forte sensação de asfixia e apresentam os paroxismos clássicos da doença. Esses se caracterizam por cinco ou mais expirações curtas e rápidas, seguidas de parada respiratória e uma inspiração súbita e forçada, acompanhada de um ruído similar a um guincho. Após os acessos podem ocorrer vômitos e não há febre.
Lactentes com menos de 3 meses de idade apresentam sintomas diferentes, como sufocamento após estímulos sutis, acompanhado de agitação das extremidades e hiperemia facial. Pode haver também cianose, sudorese e convulsões.
Por fim a convalescença dura cerca de 3 a 4 semanas e nela há regressão da gravidade, duração e número dos episódios paroxísticos. Contudo, em lactentes, nessa fase, os sintomas podem se tornar mais clássicos.
Algumas das complicações que podem ocorrer na coqueluche são a pneumonia intersticial, atelectasia, otite média aguda, pneumonia bacteriana secundária, meningoencefalite e hemorragias.
Diagnóstico da coqueluche
O diagnóstico da coqueluche é eminentemente clínico, devido ao seu quadro clássico de sintomas clínicos. Alguns exames podem auxiliar, como hemograma com leucocitose que se inicia no fim da fase catarral, aumento de polimorfonucleares e de linfócitos típicos. A radiografia de tórax nem sempre é alterada, entretanto, pode haver infiltrado peri-hilar com borramento da imagem cardíaca, sinal radiológico denominado “coração felpudo”.
A certeza do diagnóstico só pode ser feita pela cultura de secreções respiratórias, na qual seja possível isolar a Bordetella pertussis. É possível também realizar RT-PCR para detectar a presença de material genético da bactéria em amostras nasofaríngeas, entretanto não há padronização desse método.
Assim, como a confirmação diagnóstica apresenta desafios, seja pelo tempo de realização, seja pela falta de métodos padrão, a clínica é fundamental para se iniciar o tratamento da doença.
Tratamento
Além do tratamento de suporte ao paciente, como reduzir o risco de broncoaspiração, possibilitar repouso e acompanhar os episódios de tosse, é preciso fazer antibioticoterapia para os doentes e quimioprofilaxia para os contatantes domiciliares.
Ambos os esquemas terapêuticos são iguais. A droga de escolha é a azitromicina. Para menores de 6 meses, deve ser dada 10mg/kg uma vez ao dia durante 5 dias. Já em relação a crianças e adolescentes maiores de 6 meses, a dose é de 10mg/kg – máximo de 500mg – uma vez no primeiro dia e 5mg/kg – máximo de 250 mg – do segundo ao quinto dia em tomada única. Por fim, em adultos a dose é de 500mg uma vez no primeiro dia e e 250mg uma vez por dia do segundo ao quinto dia.
Vacina da coqueluche
A vacinação contra a coqueluche está no Programa Nacional de Imunizações, de maneira que está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde para os públicos alvo da imunização.
Crianças devem receber a vacina pentavalente – que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite por Haemophilus influenzae tipo B – aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade. Posteriormente, deve ser aplicada a DTP – contra difteria, tétano e coqueluche – aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
Por fim, a dtPa – difteria, tétano e coqueluche acelular- deve ser aplicada em dose única dos 10 aos 19 anos de idade, em profissionais de saúde deve ser dada uma dose, com reforço a cada 10 anos, e em gestantes a cada gestação.
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