Distúrbios do sono: o que é, sintomas e muito mais!

Distúrbios do sono: o que é, sintomas e muito mais!

Quer descobrir tudo sobre os distúrbios do sono? O Estratégia MED separou para você as principais informações sobre o assunto. Acompanhe este texto e descubra!

O que são distúrbios do sono?

Os distúrbios do sono são condições que levam a alterações no padrão normal de sono, seja em relação à quantidade de sono, seja quanto às suas fases. 

Quais são as fases do sono?

O que são distúrbios do sono?

As fases fisiológicas do sono são divididas em duas, o sono NREM  ou sono não-REM e o sono REM (rapid eye movement).

O sono NREM é subdividido em três estágios: 

  1. estágio 1: transição do estado de vigília para o sono leve;
  2. estágio 2: o sono fica progressivamente mais profundo, a frequência cardíaca se reduz e os músculos ficam mais relaxados; e
  3. estágio 3: sono profundo, com redução da atividade cerebral. 

O sono REM é caracterizado por movimentos rápidos dos olhos, momento no qual há intensa atividade cerebral e em que ocorrem os sonhos. Em adultos jovens, corresponde a aproximadamente 20% do tempo total de sono. 

Quais os sintomas de distúrbios do sono?

Os sintomas são diversos e podem contemplar:

  1. dificuldade em dormir;
  2. cansaço ao longo do dia;
  3. sensação de sono não-reparador;
  4. dificuldade de concentração;
  5. irritabilidade; e
  6. cochilar durante o dia em momentos inapropriados.

Quais os tipos de distúrbios do sono?

A classificação dos distúrbios do sono engloba os seguintes tipos:

  1. Insônias: dificuldade em iniciar ou manter o sono, ou acordar precocemente;
  2. Distúrbios respiratórios do sono: são alterações na respiração durante o sono, como apneias e hipoventilação;
  3. Hipersonias: são condições que levam a uma sonolência excessiva e, muitas vezes, incontrolável;  
  4. Parassonias: eventos físicos ou comportamentais indesejáveis que ocorrem durante o sono;
  5. Distúrbios do movimento relacionados ao sono: movimentação que dificulta a manutenção do sono ou sua iniciação; e
  6. Distúrbios circadianos: são problemas que alteram o correto funcionamento do ciclo sono-vigília.

Insônia

A insônia é a dificuldade de iniciar ou manter o sono, ela tem alta prevalência na população e pode se apresentar como sintoma em outras doenças como depressão, transtorno de ansiedade generalizada, doença de Parkinson, doença de Alzheimer e fibromialgia

Esse distúrbio é diagnosticado a partir da ocorrência de 3 noites ou mais com dificuldades para dormir dentro de uma semana. A insônia crônica é aquela que perdura por mais de 3 meses e abaixo disso, denomina-se insônia de curta duração.

Seu diagnóstico é clínico e pode ser complementado com a realização de polissonografia, especialmente para analisar a presença de diagnósticos diferenciais, como apneia obstrutiva do sono. 

Quando não é adequadamente tratada, leva ao aumento de risco para doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e doenças metabólicas, como diabetes mellitus. O tratamento farmacológico depende de quais doenças podem estar associadas à insônia, como depressão, transtorno de ansiedade generalizada, demências etc. Porém, as principais classes de medicamentos utilizadas são:

  1. antidepressivos sedativos: trazodona, mirtazapina, amitriptilina; e
  2. hipnóticos: zolpidem e zopiclona.

Os benzodiazepínicos são muito utilizados na prática, porém seu uso prolongado não é recomendado, pelo risco de dependência e por levar à tolerância.

Além de medicação, são necessárias mudanças de estilo de vida, como higiene do sono – que engloba evitar luminosidade excessiva à noite, refeições copiosas e procurar deitar-se sempre no mesmo horário – e realização de atividades físicas.  realização de psicoterapia também é importante nos quadros de insônia associados a transtornos psiquiátricos.

Apneia do sono

A apneia do sono se classifica em dois tipos:

  1. apneia obstrutiva do sono: ocorrência de alguma obstrução nas vias aéreas; e
  2. apneia central do sono: problemas no centro respiratório localizado no sistema nervoso central.

A apneia obstrutiva do sono é largamente a forma mais comum de apneia do sono, de maneira que será a que trataremos neste artigo.  Esse distúrbio ocorre geralmente por redução da patência da faringe, que pode ocorrer por múltiplos fatores, tais como:

  1. hipotonia do arcabouço da faringe;
  2. formato da faringe;
  3. depósitos de gordura na região cervical; e
  4. hipertonia do músculo genioglosso.

Os sintomas que esses pacientes apresentam são sonolência excessiva, ronco, testemunho de paradas respiratórias pelo acompanhante e  alterações cognitivas. Para conclusão diagnóstica, deve ser realizada a polissonografia.

O diagnóstico é feito com base no índice de apneia/hipopneia (IAH). Esse critério leva em conta o número de episódios de apneia e/ou hipopneia durante o sono, divididos pelo número de horas que o paciente dormiu. Um IAH > 5 faz diagnóstico de apneia obstrutiva do sono, já o IAH > 15 leva à conclusão de apneia obstrutiva do sono moderada e IAH > 30, grave.

A apneia obstrutiva do sono deve ser tratada, pois aumenta consideravelmente o risco cardiovascular do paciente, já que pode pode levar a arritmias cardíacas, hipertensão arterial e morte por causa cardiovascular.

O tratamento envolve medidas comportamentais como perda de peso, praticar atividades físicas, evitar ingestão de álcool, cessar tabagismo e evitar refeições fartas próximas ao horário de dormir.  

Atualmente há aparelhos de pressão positiva que auxiliam na manutenção da patência da via aérea, evitando os episódios de apneia. Hoje em dia, o principal aparelho utilizado é o CPAP, que fornece pressão positiva contínua e fixa durante todo o sono do paciente.

Por fim, em pacientes que têm alguma anormalidade anatômica das vias aéreas que leve à obstrução da passagem de ar, as cirurgias de correção podem ser indicadas. 

Sonambulismo

O sonambulismo é uma parassonia da fase de sono NREM que geralmente se manifesta pela primeira vez entre 6 e 16 anos e pode envolver movimentos simples ou complexos. Após o episódio de sonambulismo o paciente pode acordar ou retornar ao sono normal. 

A principal abordagem terapêutica no sonambulismo é realizar uma boa higiene do sono e propiciar segurança no local, a fim de evitar acidentes. 

Bruxismo do sono

O bruxismo do sono é um distúrbio do movimento que leva a um movimento repetitivo dos músculos da mastigação, que leva a apertar ou ranger os dentes, ou movimentar a mandíbula de forma vigorosa, podendo levar a desgaste ou fratura dos dentes e dores na articulação temporomandibular

Não existe nenhum tratamento curativo, de maneira que hábitos comportamentais como evitar cafeína, álcool e tabagismo e realizar higiene do sono são importantes, além de técnicas de relaxamento e psicoterapias. Para evitar danos à dentição, pode-se utilizar aparelhos oclusais, que evitam a fricção dos dentes entre si. 

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