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O que é escoliose?
Escoliose é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral, na qual há uma curvatura no plano frontal da estrutura superior a 10º.
Sintomas da escoliose
A escoliose pode ser assintomática ou apresentar deformidade visível, alterações da função ventilatória e dores musculares, que pioram conforme a doença progride.
Tipos de escoliose e suas causas
As escolioses são classificadas de acordo com a sua causa.
Escoliose idiopática
Trata-se da forma mais comum da doença, visto que cerca de 80% das escolioses são assim classificadas. Isso significa que a maioria das pessoas com essa afecção não tem causa definida para seu surgimento.
A escoliose se subdivide quanto a faixa etária de surgimento, de maneira que quando se manifesta antes dos 3 anos de idade, é denominada escoliose idiopática infantil, dos 3 aos 10 anos, denomina-se juvenil e dos 10 aos 18 anos, do adolescente, sendo que esta última é a mais comum.
Todos os tipos de escolioses podem ser classificados também como de início precoce, quando ocorrem antes dos 5 anos de idade, e de início tardio, ao surgirem após essa faixa etária. Essa classificação existe, pois, todas elas causam o mesmo impacto no desenvolvimento da caixa torácica quando são de início precoce e podem levar a volume e capacidade pulmonares e crescimento alveolar prejudicados por essa deformidade da coluna vertebral.
Escoliose congênita
Está presente desde o nascimento da criança e surge por um defeito da formação das vértebras durante o período de desenvolvimento embrionário, especificamente entre a 5ª e 6ª semanas. Os defeitos se dividem em:
- De formação;
- De segmentação; e
- Mistos.
Os defeitos de formação podem ser parciais ou totais, de modo que nesta última hipótese, formam-se hemivértebras. Já, os de segmentação, causam anormalidade na separação da vértebra, formando barras. Por fim, os mistos envolvem ambos os defeitos.
Escolioses neuromusculares
As curvas típicas da escoliose surgem em decorrência de doenças neuromusculares diversas e que geralmente levam a deformidades graves e progressivas. Podemos citar como algumas das causas a paralisia cerebral, a siringomielia, a ataxia de Friedreich, a Doença de Charcot-Marie-Tooth, traumas e tumores da medula espinhal, lesões do neurônio motor inferior, entre outras.
Diagnóstico
O diagnóstico é iniciado pela história clínica associada a um bom exame físico, que pode observar assimetria das escápulas, presença de triângulo de talhe – triângulo formado entre o membro superior e tronco – e presença de gibosidade costal.
Ao ser levantada a hipótese de escoliose, deve ser realizada a complementação radiográfica com o objetivo de planejar o tratamento. Para tanto, é necessário pedir radiografia de coluna em tomadas anteroposterior, perfil e panorâmica, sempre na posição ortostática. A partir das imagens, realiza-se a medição das curvas da coluna vertebral para concluir o diagnóstico.
Tratamento
Nas escolioses idiopáticas, o tratamento não-cirúrgico é o método de escolha. Ele abrange a utilização de órteses e gessos, sendo que nas curvas menores o método mais utilizado no Brasil é o colete de Milwaukee. Quando há progressão da doença, apesar do tratamento conservador, o tratamento cirúrgico é indicado.
Já a escoliose congênita não se beneficia com o tratamento com órtese. Assim, inicialmente, se acompanha a evolução clinicamente, com seguimento por radiografias. Se a doença progredir para formas mais graves, a correção deve ser feita cirurgicamente.
Por fim, a escoliose neuromuscular deve ser tratada cirurgicamente se as curvas atingirem valores entre 50º e 60º, especialmente para evitar a piora da função pulmonar nesses pacientes. Entretanto, a avaliação nesses casos deve ser individualizada, pois, muitas vezes esses pacientes não têm condições de saúde para se submeterem ao tratamento operatório.
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