Quer conhecer mais sobre a osteomielite, como suas causas, diagnóstico e tratamento e como esse tema pode ser cobrado? Leia o artigo que o Estratégia MED preparou para essas e mais informações!
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Dicas do Estratégia para provas
Se precisar maximizar seu tempo nesse momento, sugerimos que foque nos seguintes assuntos:
- Quadro clínico da osteomielite
- Diagnóstico e tratamento
Definição de osteomielite
Osteomielite é uma infecção óssea que compromete o osso cortical e esponjoso e o canal medular. É uma doença que evolui rapidamente e que pode cronificar se não tratada a tempo. A maioria das osteomielites são causadas por Staphylococcus aureus.
É possível classificar as osteomielites da seguinte maneira:
- Osteomielite hematogênica aguda: trata-se da forma mais comum e se relaciona com focos infecciosos à distância, que dão origem a essa infecção óssea;
- Osteomielite crônica: se desenvolve após o tratamento atrasado ou sua ausência das formas agudas. Há muito tecido necrosado e sequestro ósseo;
- Abscesso ósseo: forma mais branda de infecção óssea, com o englobamento do foco, que não permite sua expansão;
- Osteomielite pós-traumática: decorrente de contaminação direta, por ferimentos ou fraturas expostas; e
- Osteomielite pós-operatória: cirurgias de grande porte, colocação de pinos e parafusos, alongadores ósseos, entre outros, podem favorecer a contaminação do tecido ósseo.
Fisiopatologia da osteomielite
Na forma hematogênica aguda, normalmente há um foco infeccioso responsável por bactérias circulantes ou existe uma bacteremia silenciosa. Como a região metafisária de ossos longos são mais vascularizados, torna-se especialmente vulnerável à osteomielite.
Como há circulação terminal de pequenos capilares nesses ossos, os êmbolos bacterianos não são capazes de prosseguir na corrente sanguínea, o que leva a formação do foco infeccioso nos ossos.
A evolução da doença leva a formação de abscessos, cujo pus infiltra pelos canais de Havers e Volkmann, se espraiando pelo osso. Se não há drenagem, o pus descola o periósteo, invade partes moles e pode formar fístulas para o exterior.
Quando essa condição não é tratada, a osteomielite passa da forma aguda para a crônica, devido à formação de osso necrosado em decorrência de isquemia. Dessa forma, o diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para evitar o agravamento da condição do paciente.
Manifestações clínicas da osteomielite
Os principais sintomas da osteomielite aguda são:
- Dor de instalação aguda e com intensidade progressiva, que não melhora com analgésicos comuns;
- Piora funcional, pois os sintomas dificultam a movimentação dos membros;
- Edema e hiperemia, presentes nos locais dolorosos; e
- Febre, geralmente elevada, acima de 39ºC e que não cede facilmente com antitérmicos.
Já a osteomielite crônica causa dor óssea intermitente e sensibilidade local.
Diagnóstico da osteomielite
No quadro sugestivo de osteomielite aguda, o paciente deve ser internado, para que a investigação seja mais rápida. Os exames complementares necessários para investigação diagnóstica são:
- Hemograma: apresenta leucocitose nos primeiros dias da doença e ao longo da evolução pode surgir desvio à esquerda e anemia;
- Velocidade de hemossedimentação e Proteína C Reativa: elevadas desde o início;
- Hemocultura: pode ser positiva em cerca de metade dos casos;
- Cultura e antibiograma: o material deve ser coletado do local da infecção, por punção;
- Radiografia: nos primeiros dias pode não haver alterações ósseas visíveis, entretanto, com o descolamento do periósteo, ocorre neoformação óssea, cujo achado característico na radiologia é a periostite.
Na osteomielite crônica, há história anterior compatível com osteomielite aguda. Normalmente, basta a radiografia para concluir esse diagnóstico, pois há periostite, invasão de partes moles e desmineralização óssea.
Tratamento da osteomielite
A osteomielite aguda deve ser tratada com a punção local com a subsequente drenagem cirúrgica do pus. Os tecidos necrosados devem também ser retirados cirurgicamente. Logo após a coleta dos materiais para cultura e antibiograma, deve ser instituída antibioticoterapia.
Em crianças, após o período neonatal, e adultos, a escolha empírica é o uso de oxacilina associada à cefalosporina de terceira geração, por via endovenosa. Em recém-nascidos, substitui-se a cefalosporina por aminoglicosídeo. Caso a infecção seja causada por Staphylococcus aureus resistente à meticilina, pode-se utilizar vancomicina ou clindamicina. Devemos destacar também a maior incidência de osteomielite por Salmonella spp. em pacientes com doença falciforme.
A osteomielite crônica pode ser tratada com a ressecção de todas as partes moles necrosadas e excisão cirúrgica de fragmentos de osso sequestrado, além de curetar extremidades vasculares comprometidas. A antibioticoterapia deve ser escolhida de acordo com a cultura e antibiograma da secreção local e geralmente é de longa duração.
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Seleção de artigos EMED:
Referências bibliográficas:
- MSD Manuals – Osteomielite
- Ortopedia e traumatologia : princípios e prática [recurso eletrônico] / [Organizadores] Sizínio K. Hebert … [et al.]. – 5. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2017.