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Dicas do Estratégia MED para provas
Caso deseje focar nos principais pontos para as provas de residência médica, sugerimos os seguintes tópicos
- Manifestações clínicas da hérnia inguinal
- Diagnóstico da hérnia inguinal
- Tratamento
Definição de hérnia inguinal
Hérnia inguinal é a passagem parcial ou total de estruturas anatômicas na região inguinal, em decorrência, na maioria dos casos, de uma fraqueza presente na parede abdominal dessa região.
Epidemiologia e fisiopatologia da hérnia inguinal
As hérnias inguinais são mais comuns em homens que em mulheres, visto que cerca de 25% dos primeiros serão acometidos por essa condição, ao passo que apenas 5% das últimas a manifestarão.
Existem dois mecanismos principais que dão origem às hérnias inguinais. O primeiro, mais comum em crianças, ocorre devido à persistência do conduto peritônio-vaginal. O segundo, mais frequente em idosos, ocorre pela degeneração das estruturas da região inguinal, em especial a fáscia transversal.
Manifestações clínicas da hérnia inguinal
A principal queixa relacionada à hérnia inguinal é o surgimento de um abaulamento na região inguinocrural. Em geral, ele é mais proeminente quando o paciente realiza esforços e pode ser acompanhado de dor. Também pode haver mudanças no hábito intestinal ou urinário e sinais inflamatórios.
É possível que haja fixação das estruturas herniadas ao saco herniário e comprometimento da irrigação sanguínea, complicações denominadas, respectivamente, encarceramento e estrangulamento.
Diagnóstico
O diagnóstico da hérnia inguinal é eminentemente clínico, com a anamnese compatível e exame físico, que deve ser realizado com o paciente em pé e em decúbito dorsal.
Quando o paciente está em pé, pode-se solicitar que realize uma manobra de Valsalva, quando o abaulamento pode ficar mais proeminente. Também é necessário realizar o exame do canal inguinal, introduzindo o dedo indicador pelo ânulo inguinal superficial, onde é possível sentir o saco herniário.
Apesar das elevadas sensibilidade e especificidade do exame físico no diagnóstico da hérnia inguinal, por vezes é necessário exames complementares, sendo que o método de eleição é a ultrassonografia de parede abdominal na região inguinofemoral.
Tratamento
A conduta pode ser expectante no caso da hérnia inguinal assintomática, desde que o paciente seja informado sobre a possibilidade de haver complicações como encarceramento e sobre a necessidade de procurar assistência médica se houver sintomas relacionados à hérnia.
Como nas crianças a causa mais prevalente de hérnia inguinal é a persistência do conduto peritônio-vaginal, o tratamento cirúrgico de eleição é a ligadura dessa estrutura.
Já em adultos, tendo em vista que há dano da fáscia transversal na maior parte dos casos, atualmente se utiliza próteses para substituir tal estrutura. Os principais materiais utilizados são polipropileno, poliéster e politetrafluoretileno.
Atualmente, a técnica operatória mais utilizada é a hernioplastia de Lichtenstein, que consiste na colocação de uma prótese de polipropileno sem tensão sobre a fáscia transversal, fixada nas estruturas adjacentes.
As principais complicações que podem ocorrer devido a essa cirurgia é a recidiva da hérnia inguinal, dor após o procedimento, hematoma, orquite e infecção do sítio cirúrgico.
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Referências bibliográficas:
- Clínica cirúrgica/ editores Joaquim José Gama-Rodrigues, Marcel Cerqueira César Machado, Samir Rasslan – Barueri, SP: Manole, 2008.