Como vai, futuro Residente? Não importa qual área de Residência Médica você escolha, em algum momento da sua prática clínica você vai se deparar com um paciente com HPV. Além disso, é muito presente em diversas questões de provas. Por isso, nós do Estratégia MED preparamos um resumo exclusivo com tudo o que você precisa saber sobre o assunto para garantir sua vaga nos melhores concursos! Para saber mais, continue a leitura. Bons estudos!
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O que é o HPV?
HPV é uma sigla para Human Papillomavirus (Papilomavírus Humano), que é um vírus pertencente à família Papillomaviridae capaz de infectar o epitélio escamoso e causar lesões em pele e mucosas, chamadas de condiloma acuminado.
Atualmente, existem mais de 200 tipos do vírus HPV que, entre eles, cerca de 40 tipos acometem o trato anogenital, sendo 12 deles mais susceptíveis a causar câncer, principalmente de colo do útero e ânus.
Quadro clínico
Geralmente, quando um indivíduo é infectado, em cerca de 18 meses ocorre a eliminação própria do vírus, sem que ocorram manifestações clínicas. Porém, em alguns pequenos casos podem surgir as verrugas genitais, que são lesões subclínicas contagiosas, ou ainda o vírus pode permanecer latente no organismo do indivíduo, sem se manifestar clinicamente, mas reduzindo a capacidade imunitária do paciente aos poucos e consequentemente submetendo ao aparecimento de lesões também.
As verrugas surgem aproximadamente de 2 a 8 meses após o contágio, mas podem demorar até 20 anos para se manifestarem, dificultando determinar em que época o indivíduo foi infectado pelo HPV. Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis, bolsa escrotal e/ou região pubiana, e menos frequentemente em áreas extragenitais, como conjuntivas e mucosas nasal, oral e laríngea.
Uma das preocupações com o HPV se deve ao fato da maioria dos casos serem assintomáticos, sem a formação de lesões, fazendo com que muitos portadores não saibam que estão infectados e continuem transmitindo o vírus.
Transmissão do HPV
A transmissão do HPV é extremamente expansiva, com risco de contágio após uma única exposição ao vírus através do contato direto com pele ou mucosa infectadas, principalmente pela via sexual, incluindo oral-genital, genital-genital ou manual-genital. Além disso, a transmissão durante o parto também é possível, com risc de propagação do vírus por contato com as mãos.
Diagnóstico da infecção por HPV
Seu diagnóstico é clínico e subclínico, a partir das verrugas anogenitais, mas pode ser realizada uma biópsia para estudo histopatológico em casos de dúvida diagnóstica, lesões atípicas ou que não respondem aos tratamentos.
Em mulheres, é necessário também uma análise ginecológica com uma citologia cervical para rastreamento de colo uterino, e caso esteja alterada, uma colposcopia e biópsia também.
Tratamento do HPV
Não existe um tratamento que impeça a disseminação do vírus no organismo, portanto o tratamento tem como objetivo erradicar os condilomas, com procedimentos ambulatoriais, como ácido tricloroacético, podofilina, exérese cirúrgica, eletrocauterização e crioterapia, ou tratamento domiciliar com imiquimode e podofilotoxina.
Pacientes imunodeficientes apresentam as mesmas recomendações do que os imunocompetentes, mas necessitam de um acompanhamento mais restrito, pois podem apresentar piora do quadro em resposta ao tratamento.
Prevenção
Como prevenção do HPV, o Sistema Único de Saúde instituiu vacinação gratuita para:
- Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
- Homens que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 26 anos;
- Mulheres que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.
Importante ressaltar que a vacina não é um tratamento e não possui eficácia contra lesões do HPV já existentes, nem previne todos os tipos do vírus. Protege contra os tipos mais frequentes: 6, 11, 16 e 18.
Além disso, o uso de preservativos é muito importante para a prevenção do contágio por HPV. O exame preventivo de colo de útero (papanicolau) é de extrema relevância na detecção de lesões precursoras de câncer de colo de útero, o que permite que sejam tratadas previamente, antes que desenvolvam de fato neoplasias.
Papilomatose Respiratória Recorrente
Apesar de raro, crianças infectadas no momento do parto pelo HPV podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e na laringe, o que chamamos de Papilomatose Respiratória Recorrente. Essas lesões constituem um tumor benigno epitelial de via respiratória, as quais podem se desenvolver em uma criança após um parto normal de mãe infectada com HPV.
Seus principais sinais e sintomas são rouquidão e obstrução de vias respiratórias.
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