Resumo sobre Clonazepam: indicações, farmacodinâmica, regulamentação e mais!

Resumo sobre Clonazepam: indicações, farmacodinâmica, regulamentação e mais!

Como vai, futuro Residente? Além do conhecimento clínico das doenças, é muito importante que você saiba como os medicamentos que as tratam funcionam. Por isso, nós do Estratégia MED preparamos um resumo exclusivo sobre clonazepam, com tudo o que você precisa saber sobre esse fármaco para garantir sua vaga nos melhores concursos. Para saber mais, continue a leitura. Bons estudos!

O que é clonazepam?

O clonazepam, também conhecido como rivotril, é um medicamento ansiolítico indicado para diversas patologias que afetam o sistema nervoso. Mas sua principal preocupação se deve a ser uma medicação muito utilizada indiscriminadamente.

Pertencente a uma família de fármacos chamados de benzodiazepínicos, o clonazepam possui diversas ações no sistema nervoso, realizando funções como anticonvulsivo, sedação, relaxamento muscular e efeito tranquilizante.

Outros nomes comerciais de clonazepam: clopam, zilepam, navotrax, epileptil, clonazepax. 

Formas farmacêuticas e posologia

O clonazepam pode ser administrado via:

  • Solução oral 2,5 mg/mL;
  • Comprimido 0,5 mg e 2 mg;
  • Comprimido sublingual 0,25 mg.

Sua posologia depende de cada doença indicada ao uso, com cuidado para não causar superdosagem devido ao risco de óbito e dependência. Em idosos o uso deve ser em doses baixas, pois seus efeitos colaterais podem aumentar o risco de quedas.

Regulamentação

É um medicamento que possui registro e aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária para os seguintes usos:

  • Utilizado isoladamente ou como adjuvante (auxiliar) são o tratamento de crises epilépticas, de crises de ausências típicas (pequeno mal), de ausências atípicas (síndrome de Lennox-Gastaut);
  • Medicação de segunda linha em espasmos infantis (Síndrome de West);
  • Em crises epilépticas do tipo grande mal, parciais simples, parciais complexas e tônico-clônicas generalizadas secundárias;
  • Tratamento de terceira linha;
  • Transtornos de Ansiedade: Como ansiolítico em geral. Distúrbio do pânico. Fobia social (medo de enfrentar situações como falar em público, por exemplo)
  • Transtornos do Humor: Transtorno afetivo bipolar: tratamento da mania. Depressão maior: como adjuvante de antidepressivos (depressão ansiosa e na fase inicial de tratamento);
  • Emprego em algumas síndromes psicóticas: Tratamento da acatisia;
  • Tratamento da síndrome das pernas inquietas;
  • Tratamento da vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio, como náuseas, vômitos, pré-síncopes ou síncopes, quedas, zumbidos e distúrbios auditivos;
  • Tratamento da síndrome da boca ardente.  

Qualquer uso do clonazepam fora dos regulamentados pela ANVISA não é de responsabilidade do órgão. Além disso, está incluído na lista de Assistência Farmacêutica do SUS na forma de apresentação solução oral 2,5 mg/dL, e pertence ao Componente Básico da Assistência Farmacêutica. 

Farmacodinâmica e indicações

O Clonazepam age na potencialização da ação do GABA, um neurotransmissor inibitório que reduz a atividade do sistema nervoso a partir da inibição da atividade dos neurônios, reduzindo seu estado de agitação e ansiedade. 

Assim, suas principais indicações de uso são:

  • Crises convulsivas – especialmente crises mioclônicas;
  • Encefalopatias mioclônicas (epilepsias);
  • Parassonias (sonambulismo, sonilóquio, sexsomnia);
  • Síndrome das Pernas Inquietas – medicamento de segunda linha;
  • Transtorno de Comportamento de Sono REM – comum na Doença de Parkinson;
  • Alívio Transitório da Ansiedade;
  • Crises de pânico;
  • Indução transitória de sono;
  • Adaptação de antidepressivos – reduz os sintomas iniciais de adaptação do depressivo.

Metabolismo

O clonazepam é absorvido acoplado a proteínas plasmáticas, principalmente à albumina. Através da corrente sanguínea, chega ao fígado para metabolização pelo citocromo P450 e é excretado pelos rins. Assim, qualquer fator que intervenha nas proteínas séricas, fígado ou citocromo P450 ou na excreção renal, podem interferir na eficácia do medicamento.

Efeitos adversos

Assim como todo medicamento, existem alguns efeitos colaterais possíveis devido ao uso do clonazepam. São eles:

  • Cansaço;
  • Sonolência;
  • Fraqueza;
  • Diminuição de força muscular;
  • Tontura;
  • Sensação de vazio na cabeça;
  • Incoordenação motora;
  • Lentificação.

Contraindicações e interação medicamentosa

É contraindicado para gestantes e mulheres que estão amamentando, além de pacientes alérgicos ao clonazepam ou qualquer substância excipiente. Além disso, não deve ser administrado concomitantemente ao álcool, pois seus efeitos no organismo são muito parecidos, que é a inibição da atividade dos neurônios, podendo reduzir sua eficácia e causar efeitos indesejáveis e imprevisíveis. 

Apesar de existirem interações medicamentosas, não é contraindicado o uso de duas medicações ao mesmo tempo, mas recomenda-se seu uso com cautela, devido a possibilidade de aumento dos efeitos adversos.  Existem diversas drogas que interagem com o clonazepam, como: zolpidem, metadona, olanzapina, talidomida, ácido fusídico, droperidol, entre outras. 

Porque é considerado Tarja Preta?

Medicamentos tarja preta indicam possíveis riscos à saúde, tolerância, dependência física e/ou psíquica, o que torna necessário um maior controle do uso. Assim, o clonazepam é considerado um fármaco tarja preta pois apresenta risco de dependência química, com uso de no máximo 3 a 4 semanas.

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