Resumo de mola hidatiforme: manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e mais!

Resumo de mola hidatiforme: manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e mais!

Quer saber mais sobre a mola hidatiforme, condição obstétrica que é cobrada nas provas de residência? Veja esse artigo que o Estratégia MED preparou especialmente para você!

Dicas do Estratégia MED para provas

Caso deseje focar nos principais pontos sobre o assunto, sugerimos os seguintes tópicos para estudo:

  • Definição
  • Diagnóstico da condição
  • Tratamento 

Definição de mola hidatiforme

Mola hidatiforme é uma doença trofoblástica gestacional, isto é, uma proliferação anormal dos epitélios trofoblásticos. Ela pode ser classificada em completa ou parcial

A mola hidatiforme completa não tem desenvolvimento do embrião, membranas e cordão umbilical. Já na parcial existe embrião ou feto com restrição de crescimento e várias malformações, concomitantemente à placenta aumentada e presença de vesículas.

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Epidemiologia e fisiopatologia

A mola hidatiforme ocorre em torno de 1 a cada 200 a 400 gestações no Brasil. Alguns dos fatores de risco para desenvolvimento da doença é a idade acima de 35 anos ou abaixo de 20 anos, gravidez molar anterior, abortos ou problemas para engravidar e história familiar. 

A fisiopatologia não é completamente conhecida, entretanto, sabe-se que está relacionada a uma fertilização anormal do óvulo, com excesso de material genético paterno. A mola parcial é triploide em 99% dos casos. 

Manifestações clínicas da mola hidatiforme

O sangramento vaginal é o sintoma mais encontrado, de coloração escura, em pequena quantidade e com início aproximado na oitava semana de gestação. 

Outros sintomas importantes são dores abdominais, náuseas e vômitos. A eliminação espontânea de vesículas é patognomônico da mola hidatiforme, entretanto é de ocorrência rara.

Diagnóstico de mola hidatiforme

Além da anamnese, no exame físico é possível observar discrepância entre o volume uterino e o atraso menstrual, com aumento exacerbado do volume, em decorrência da proliferação descontrolada do conteúdo molar. 

Em molas volumosas, é possível haver doença hipertensiva específica da gestação antes das 20 semanas, com possível evolução para eclâmpsia. Também é possível encontrar sinais de hipertireoidismo, como taquicardia, extremidades quentes, pele úmida, entre outros.

Os exames complementares fundamentais para diagnóstico de mola hidatiforme são o beta-hCG sérico, pois valores altos, em especial acima de 200.000 mUI/ml, são sugestivos de doença trofoblástica gestacional, e a ultrassonografia.

O padrão ultrassonográfico dessa doença é a presença de diversas áreas anecoicas entremeadas por ecos amorfos – imagem em flocos de neve. Entretanto, muitas vezes, na mola parcial ou completa inicial, esse padrão não é observado. 

Na mola hidatiforme parcial, observa-se placenta espessada, hiperecoica e/ou com imagens císticas, com embrião ou feto com restrição de crescimento e malformações. 

Já a imagem das molas completas precoces podem corresponder a gestações incipientes, não evolutivas ou massa hiperecogênica intrauterina, sendo que o beta-hCG auxilia no diagnóstico.

Tratamento 

A primeira linha de tratamento da mola hidatiforme é realizar o esvaziamento molar por aspiração a vácuo. Entretanto, caso haja alterações como anemia, tireotoxicose ou doença hipertensiva específica da gestação, é necessário fazer suas correções antes do procedimento. 

Em mulheres que já tiveram filhos e que tenham mais de 40 anos de idade, uma alternativa é realizar histerectomia, devido ao menor risco de malignização da mola hidatiforme se comparado à aspiração a vácuo.

Após o esvaziamento molar, as pacientes devem ser submetidas à avaliação clínica e dosagem sérica seriada do beta-hCG como acompanhamento para evitar a transformação maligna da mola hidatiforme.

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Referências bibliográficas:

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