Provavelmente você já ouviu falar sobre olho de peixe e ficou na dúvida sobre o que é. O termo técnico para essa lesão, que aparece na planta dos pés, é Verruga Plantar. Se você tem curiosidade sobre essa doença, acompanhe este artigo que o Estratégia MED preparou!
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O que é Verruga Plantar?
As verrugas são lesões benignas da pele, decorrentes da proliferação celular. As verrugas plantares estão localizadas na região de planta dos pés, e geralmente crescem “para dentro”, ou seja, não têm a característica esperada de uma verruga de outros locais.
Geralmente, as verrugas ocorrem em crianças e adultos jovens. Não somente isso, mas muitas vezes também estão relacionadas às ocupações, como no caso de indivíduos que manipulam carnes, aves e peixes.
Algumas condições que predispõem a lesões verrucosas são: dermatite atópica e condições que causem queda da imunidade, como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), ou transplantados.
O crescimento das verrugas plantares para dentro da pele decorre da pressão exercida pelo corpo na sola dos pés. Ao mesmo tempo, geram sensação de pedra no sapato, com dor intensa.
A transmissão desse vírus ocorre por meio do contato direto das lesões com outras áreas não contaminadas. A disseminação também pode acontecer entre pessoas ou objetos contaminados.
Quais as suas características?
Geralmente, as verrugas plantares não são únicas. Elas se unem, formando uma lesão em mosaico, e apresentam capilares trombosados, que dão tons mais escuros ao interior das lesões.
Quais são as causas da Verruga Plantar?
As verrugas plantares são causadas pelo papilomavírus humano (HPV), a mesma família de vírus muito relacionada com o câncer de colo de útero. O HPV do tipo 1 é o mais comumente associado às verrugas plantares.
Quais os sintomas?
Geralmente, o principal sintoma apresentado pelos pacientes é a dor – principalmente ao pisar – além da presença da lesão na região da planta dos pés.
Qual o diagnóstico?
O diagnóstico se dá por meio da avaliação clínica e métodos de diagnóstico de detecção do HPV, pela histopatologia das lesões (análise de conteúdo celular), ou por meio da detecção do DNA viral nas células infectadas.
Diagnóstico Diferencial:
- Ceratose seborréica;
- Calosidade;
- Talon noir, condição em que há deposição de eritrócitos na epiderme após algum trauma;
- Acrocordon;
- Líquen plano ou líquen nitidus; e
- Malignidade, como carcinoma espinocelular e melanoma amelanocítico.
Em que situação deve-se pensar em malignidade? Quando há um crescimento irregular da lesão, ulceração ou ainda resistência à terapia aplicada.
Qual o tratamento para Verruga Plantar?
O tratamento das verrugas leva em consideração a sintomatologia associada, como: dor, desconforto ou funcionalidade, verrugas persistentes e risco para imunossupressão, além de razões como estigma social ou por padrões de beleza.
A primeira linha de tratamento para as verrugas plantares envolve o uso tópico de ácido salicílico ou crioterapia – uso de nitrogênio líquido. Enquanto a segunda linha utiliza imunoterapia, aplicação de bleomicina uso tópico ou intralesional de fluoracil.
O ácido salicílico pode ser aplicado pelo próprio paciente. Reduz a dor durante a aplicação e oferece um mínimo risco de efeitos colaterais, sendo a irritação local o mais comum deles.
Geralmente, o uso do ácido salicílico está associado a outras terapias, como a crioterapia, de forma a aumentar a eficácia. A crioterapia é um procedimento médico que tem como grande desvantagem a dor e seu uso não é recomendado em casos de neuropatia.
O uso de imunoterapia está relacionado com as verrugas que não foram resolvidas com o tratamento de primeira linha. Entretanto, não possui elevada evidência científica.
Além da imunoterapia, há como opção o uso de bleomicina intralesional, que possui evidência científica de eficácia no uso. No entanto, tem como efeito colateral dor persistente no local da aplicação.
O fluoracil pode ser utilizado na superfície da lesão ou em seu interior. O mecanismo de ação está relacionado à inibição da síntese de DNA e RNA, dificultando a proliferação celular. Pode apresentar como efeitos colaterais: vermelhidão, inchaço, hiper ou hipopigmentação, ulceração, necrose ou cicatriz.
Outra possibilidade de tratamento é a cirurgia para a retirada da lesão. A vantagem da cirurgia é a retirada total da verruga, mas pode causar limitação do local devido a cicatriz e dor permanente na região. Por esse motivo, esse procedimento não é tão indicado na região plantar.
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