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O que é vitiligo?
O vitiligo é uma dermatose que causa lesões acrômicas por destruição dos melanócitos e atinge cerca de 1% da população, sem preferência de sexo ou raça.
Como identificar?
O vitiligo apresenta lesões inicialmente hipocrômicas. Com a evolução da lesão, esta passa a ser acrômica com borda hipercrômica. As manchas crescem geralmente de dentro para fora e em localizações preferenciais como face, punho, genitais, em torno de orifícios, como boca e olhos. O padrão das lesões é de simetria.
O diagnóstico do vitiligo é clínico, ou seja, raramente é necessária realização de exames mais invasivos que o exame físico para a conclusão diagnóstica, tais como, biópsia de pele.
Quais os tipos?
O vitiligo pode ser classificado em três grandes grupos:
- Não-segmentar;
- Segmentar; e
- Misto.
O grupo do vitiligo não segmentar apresenta-se de três formas:
- Vulgar: as lesões são múltiplas, simétricas, em diversas partes do corpo e pode ter envolvimento de mucosas;
- Universal: a acromia atinge praticamente o corpo inteiro da pessoa; e
- Acrofacial: acometimento dos entornos de orifícios e pontas dos dedos.
No grupo segmentar, as lesões atingem apenas um segmento do corpo e não ultrapassam a linha média. Existe um subtipo, denominado focal, em que há uma ou algumas lesões em uma determinada área da pele ou mucosa.
Já a forma mista é uma evolução mais rara do vitiligo segmentar, que passa a ter lesões características do vitiligo não-segmentar após algum tempo.
Quais as causas do vitiligo?
A etiologia do vitiligo não é conhecida. No entanto, sabe-se algumas coisas acerca da fisiopatologia da doença, que facilitam sua compreensão.
O vitiligo não segmentar é uma doença multifatorial, na qual há influência tanto de características genéticas, quanto de fatores ambientais para seu desenvolvimento. A combinação desses fatores promovem uma atividade autoimune contra os melanócitos, que ao morrerem, param de produzir a melanina, responsável pela pigmentação da pele.
Quatro teorias principais tentam explicar o desenrolar desse processo, são elas:
- Neurogênica: fatores neuroquímicos inibem a produção de melanina e são tóxicos aos melanócitos;
- Autoimune: o mecanismo de destruição dos melanócitos é imunológico;
- Autodestruição: as substâncias necessárias para a produção de melanina são responsáveis pela morte de melanócitos em indivíduos geneticamente propensos; e
- Estresse oxidativo: ineficácia da catalase nos melanócitos possibilita o acúmulo de espécies reativas de oxigênio.
Aparentemente, a teoria que parece ter mais chances de ser válida é a autoimune. Isso ocorre porque nos pacientes com vitiligo há maior possibilidade de a patologia estar associada a outras doenças autoimunes e no sangue deles há diversos anticorpos contra órgãos diversos.
Além disso, é importante observar o papel genético no vitiligo, pois pessoas com relação de parentesco com portadores de vitiligo têm maiores chances de desenvolver a doença do que a população em geral.
Por sua vez, o vitiligo segmentar ocorre possivelmente por uma resposta inflamatória autolimitada por um grupo de melanócitos localizados que leva à formação da mancha acrômica.
Tratamento do vitiligo
O tratamento do vitiligo não é capaz de interromper a progressão das lesões, porém pode deixá-la mais lenta ou promover repigmentação em algumas situações, especialmente em crianças.
A principal estratégia de tratamento para retardar a evolução do vitiligo é o uso de corticosteroides. Eles podem ser usados na forma tópica, ou quando há uma evolução veloz da doença, é possível estabelecer a corticoterapia oral.
Alguns medicamentos podem ter efeitos imunomoduladores, sem os efeitos adversos dos corticosteroides como, por exemplo, tacrolimo e pimecrolimo tópicos e análogos da vitamina D3. Além da medicação, para favorecer a melanogênese e a migração de melanócitos, é possível realizar fototerapia com UVA ou UVB e utilização de laser de 308nm.
Vale pontuar que em casos de lesões pequenas localizadas, pode-se fazer a excisão cirúrgica. Já em lesões muito extensas, que cubram mais de 80% do corpo do paciente, é possível despigmentar o restante com o monobenzil éter de hidroquinona.
Por fim, o vitiligo causa enorme impacto psicossocial nos pacientes, sendo fundamental um bom acompanhamento psicológico e psiquiátrico dessas pessoas.
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