Vitiligo: o que é, causas e muito mais!

Vitiligo: o que é, causas e muito mais!

Quer saber mais sobre o vitiligo? O Estratégia MED separou para você as principais informações sobre o assunto. Acompanhe este texto e descubra!

O que é vitiligo?

O vitiligo é uma dermatose que causa lesões acrômicas por destruição dos melanócitos e atinge cerca de 1% da população, sem preferência de sexo ou raça.

Vitiligo

Como identificar? 

O vitiligo apresenta lesões inicialmente hipocrômicas. Com a evolução da lesão, esta passa a ser acrômica com borda hipercrômica. As manchas crescem geralmente de dentro para fora e em localizações preferenciais como face, punho, genitais, em torno de orifícios, como boca e olhos. O padrão das lesões é de simetria. 

O diagnóstico do vitiligo é clínico, ou seja, raramente é necessária realização de exames mais invasivos que o exame físico para a conclusão diagnóstica, tais como, biópsia de pele. 

Quais os tipos?

O vitiligo pode ser classificado em três grandes grupos:

  1. Não-segmentar;
  2. Segmentar; e
  3. Misto. 

O grupo do vitiligo não segmentar apresenta-se de três formas:

  1. Vulgar: as lesões são múltiplas, simétricas, em diversas partes do corpo e pode ter envolvimento de mucosas;
  2. Universal: a acromia atinge praticamente o corpo inteiro da pessoa; e
  3. Acrofacial: acometimento dos entornos de orifícios e pontas dos dedos. 

No grupo segmentar, as lesões atingem apenas um segmento do corpo e não ultrapassam a linha média. Existe um subtipo, denominado focal, em que há uma ou algumas lesões em uma determinada área da pele ou mucosa. 

Já a forma mista é uma evolução mais rara do vitiligo segmentar, que passa a ter lesões características do vitiligo não-segmentar após algum tempo. 

Quais as causas do vitiligo? 

A etiologia do vitiligo não é conhecida. No entanto, sabe-se algumas coisas acerca da fisiopatologia da doença, que facilitam sua compreensão. 

O vitiligo não segmentar é uma doença multifatorial, na qual há influência tanto de características genéticas, quanto de fatores ambientais para seu desenvolvimento. A combinação desses fatores promovem uma atividade autoimune contra os melanócitos, que ao morrerem, param de produzir a melanina, responsável pela pigmentação da pele. 

 Quatro teorias principais tentam explicar o desenrolar desse processo, são elas:

  1. Neurogênica: fatores neuroquímicos inibem a produção de melanina e são tóxicos aos melanócitos;
  2. Autoimune: o mecanismo de destruição dos melanócitos é imunológico;
  3. Autodestruição: as substâncias necessárias para a produção de melanina são responsáveis pela morte de melanócitos em indivíduos geneticamente propensos; e
  4. Estresse oxidativo: ineficácia da catalase nos melanócitos possibilita o acúmulo de espécies reativas de oxigênio.

Aparentemente, a teoria que parece ter mais chances de ser válida é a autoimune. Isso ocorre porque nos pacientes com vitiligo há maior possibilidade de a patologia estar associada a outras doenças autoimunes e no sangue deles há diversos anticorpos contra órgãos diversos. 

Além disso, é importante observar o papel genético no vitiligo, pois pessoas com relação de parentesco com portadores de vitiligo têm maiores chances de desenvolver a doença do que a população em geral. 

Por sua vez, o vitiligo segmentar ocorre possivelmente por uma resposta inflamatória autolimitada por um grupo de melanócitos localizados que leva à formação da mancha acrômica. 

Tratamento do vitiligo

O tratamento do vitiligo não é capaz de interromper a progressão das lesões, porém pode deixá-la mais lenta ou promover repigmentação em algumas situações, especialmente em crianças. 

A principal estratégia de tratamento para retardar a evolução do vitiligo é o uso de corticosteroides. Eles podem ser usados na forma tópica, ou quando há uma evolução veloz da doença, é possível estabelecer a corticoterapia oral.

Alguns medicamentos podem ter efeitos imunomoduladores, sem os efeitos adversos dos corticosteroides como, por exemplo, tacrolimo e pimecrolimo tópicos e análogos da vitamina D3. Além da medicação, para favorecer a melanogênese e a migração de melanócitos, é possível realizar fototerapia com UVA ou UVB e utilização de laser de 308nm.

Vale pontuar que em casos de lesões pequenas localizadas, pode-se fazer a excisão cirúrgica. Já em lesões muito extensas, que cubram mais de 80% do corpo do paciente, é possível despigmentar o restante com o monobenzil éter de hidroquinona.

Por fim, o vitiligo causa enorme impacto psicossocial nos pacientes, sendo fundamental um bom acompanhamento psicológico e psiquiátrico dessas pessoas. 

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