Quer descobrir tudo sobre o papanicolau? O Estratégia MED separou para você as principais informações sobre o assunto. Acompanhe esse texto e descubra!
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O que é o Papanicolau?
O papanicolau, também conhecido como colpocitologia oncótica, é um exame utilizado para detectar alterações histológicas de células presentes no colo do útero. Seu nome mais popular é em homenagem a Georges Papanicolaou, patologista que, no início do século XX, criou o método de realização desse exame.
Para que serve?
O principal objetivo desse exame é detectar lesões causadas pela infecção pelo HPV – papiloma vírus humano – que em alguns casos pode evoluir para câncer do colo do útero. Nem toda lesão por HPV evolui para câncer, entretanto praticamente todos os cânceres de colo do útero são precedidos pela infecção por esse vírus, por isso ele é um exame de grande importância clínica e está disponível na Atenção Primária do SUS – Sistema Universal de Saúde.
Quais doenças o exame papanicolau detecta?
O papanicolau não é usado na prática clínica para detectar doenças e sim para identificar a infecção pelo HPV e lesões precursoras do câncer de colo de útero, que na maioria das vezes é latente ou não causa sintomas nos pacientes. Ele é feito para rastrear a presença de lesões citopatológicas precursoras ao desenvolvimento do câncer de colo do útero.
No entanto, é possível que o exame, de forma incidental, detecte a presença de infecções por outros microorganismos que não o HPV, como Chlamydia trachomatis, Gardnerella vaginalis, Neisseria gonorrhoeae, entre outros.
Como é feito?
Esse exame é feito pela introdução do espéculo na vagina. Com uma pequena espátula, denominada espátula de Ayre, o profissional de saúde faz uma raspagem no colo do útero e com uma escova cervical faz a coleta do material que será enviado para a análise laboratorial.
O Ministério da Saúde recomenda para toda a rede básica de saúde que seja feito o rastreio de infecção pelo HPV por meio do papanicolau. Os exames devem ser iniciados aos 25 anos de idade, em mulheres que já tiveram atividade sexual e perdurar até os 64 anos. O rastreio poderá ser interrompido, após os 64 anos, quando houver, pelo menos, dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos. O intervalo entre a realização das coletas deve ser de três anos, após dois exames negativos realizados anualmente.
Como se preparar para o papanicolau?
O preparo do exame é bastante simples, de maneira que é necessário apenas não ter tido relação sexual nas últimas 72 horas, não fazer duchas íntimas e não utilizar cremes e lubrificantes vaginais. Não deve ser coletado durante o período menstrual, pois a presença de sangue pode afetar a análise do material. Pode ser realizado durante a gestação, inclusive faz parte da rotina de exames pré-natais.
Resultado do papanicolau
O papanicolau pode apresentar mais comumente os seguintes resultados:
- Papanicolau normal: não há presença de células malignas ou pré-malignas;
- ASCUS – células escamosas atípicas de significado indeterminado: trata-se de um resultado anormal cujas células apresentam atipia, porém não há sinais que haja lesões pré-malignas ou malignas;
- ASCH – células escamosas atípicas não podendo excluir HSIL: há presença de células com atipia, cuja malignidade ou pré-malignidade não é possível de ser afastada;
- LSIL – lesão intraepitelial escamosa de baixo grau: existe displasia discreta, com baixo risco da lesão ser câncer; e
- HSIL – lesão intraepitelial escamosa de alto grau: células com displasia importante, com grande risco de já serem malignas ou evoluírem para câncer.
Tanto os resultados ASCH, como os HSIL, pelo risco de evoluírem para câncer de colo do útero, devem ser investigados de forma mais intensiva, com a realização de colposcopia com coleta de biópsia de tecido cervical, que deverá ser encaminhada para exame anatomopatológico.
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