Quer conhecer mais sobre as aplicações da clindamicina e suas características farmacológicas? Leia o artigo que o Estratégia MED preparou!
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Visão geral da clindamicina
Trata-se de um antibiótico que está no mercado em duas apresentações: cápsulas para uso oral de cloridrato de clindamicina com 300 mg e solução injetável de 300 mg de fosfato de clindamicina em ampolas de 2 ml.
Indicações e dosagem
A clindamicina é indicada no tratamento de infecções causadas por bactérias anaeróbicas suscetíveis e bactérias aeróbias Gram-positivas, como Streptococcus sp, Staphylococcus sp. e pneumococos.
Pode ser utilizada em infecções do trato respiratório superior e inferior, de pele e partes moles, ósseas e das articulações, dentárias, pelve e trato genital e a forma injetável pode ser utilizada para infecções intra-abdominais.
A dose diária da medicação oral pode variar entre 600 mg a 1800 mg, em 2 a 4 tomadas em doses iguais por 10 a 14 dias. Já na forma injetável, as doses em infecções graves podem variar entre 2400 a 2700 mg em 2 a 4 aplicações. Já em infecções moderadas, a dose pode ser reduzida para 1200 a 1800 mg em 3 ou 4 aplicações.
Contraindicações
A clindamicina é contraindicada aos pacientes com reação de hipersensibilidade à substância, à lincomicina ou a qualquer outro componente da formulação do medicamento.
Efeitos adversos da clindamicina
Os efeitos adversos mais comuns são a colite pseudomembranosa, eosinofilia, diarreia, dor abdominal, vômito e náuseas, rash maculopapular, urticária e exames de função hepática anormais. A forma injetável também pode causar tromboflebite.
Características farmacológicas
Farmacodinâmica
A clindamicina é um antibiótico da classe das lincosamidas que inibe a síntese proteica bacteriana, interferindo na montagem do ribossomo e consequentemente no processo de tradução.
In vitro, a clindamicina apresenta atividade contra os seguintes patógenos:
- Bactérias aeróbias:
- Bactérias gram-positivas
• Staphylococcus aureus ( suscetíveis à meticilina)
• Estafilococos coagulase-negativas (suscetíveis à meticilina)
• Streptococcus pneumoniae (suscetíveis à penicilina)
• Estreptococos beta-hemolíticos dos grupos A, B, C e G
• Estreptococos do grupo Viridans
• Corynebacterium spp.
- Bactérias gram-negativas
• Chlamydia trachomatis
- Bactérias anaeróbicas
- Bactérias gram-positivas
• Actinomyces spp.
• Clostridium spp. (exceto Clostridium difficile)
• Eggerthella (Eubacterium) spp.
• Peptococcus spp.
• Peptostreptococcus spp. (Finegoldia magna, Micromonas micros)
• Propionibacterium acnes
- Bactérias gram-negativas
• Bacteroides spp.
• Fusobacterium spp.
• Gardnerella vaginalis
• Prevotella spp.
- Fungos
• Pneumocystis jirovecii
- Protozoários
• Toxoplasma gondii
• Plasmodium falciparum
Farmacocinética
A meia vida da clindamicina é de aproximadamente 2,4 horas. 10% da medicação é excretada na urina e 3,6% nas fezes. O restante é excretado como metabólitos inativos.
Gestantes e lactantes
A clindamicina atravessa a placenta humana. Em mulheres grávidas durante o segundo e terceiro trimestre de gravidez, não há associação da clindamicina às anomalias congênitas, entretanto existem estudos adequados para uso no primeiro trimestre de gravidez. Seu uso na gestação só deve ser feito se claramente necessário.
A substância foi detectada no leite materno. Dados os efeitos adversos potenciais em recém-nascidos, a clindamicina não deve ser utilizada em mulheres que estão amamentando.
Advertências e precauções da clindamicina
Se houver reação de hipersensibilidade ou reação cutânea grave, a clindamicina deve ser descontinuada e a condição deve ser tratada de forma apropriada. A clindamicina não deve ser usada no tratamento da meningite, visto que não tem boa penetração no líquido cefalorraquidiano.
Interações medicamentosas da clindamicina
Estudos demonstraram que a medicação tem propriedades de bloqueio neuromuscular que podem intensificar a ação de outros medicamentos com atividade semelhantes, de maneira que deve ser usada com cuidado em pacientes em uso desses fármacos.
Superdosagem ou intoxicação
Hemodiálise e diálise peritonial não se revelaram eficazes para eliminar a clindamicina do sangue, de maneira que em caso de superdosagem, deve-se realizar tratamento sintomático e de suporte.
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